Os alemães estão a realizar o seu melhor torneio internacional em oito anos, com os adeptos da casa desesperados pelo primeiro título numa década, mas o jogo contra os espanhóis também é visto como uma final prematura entre duas das melhores equipas da competição.

A Espanha passou em velocidade cruzeiro pela fase de grupos com os extremos Lamine Yamal, o jogador mais jovem a participar num Euro, com 16 anos, e Nico Williams, que rapidamente estabeleceram uma parceria soberba que aterrorizou as defesas adversárias com velocidade e jogo criativo. Com Fabian Ruiz a ser o maestro do estilo, muitas vezes apelidado de "posse de bola com um objetivo", há um constante impulso para a frente em vez de apenas segurar a bola. 

A vitória por 4-1 sobre a Geórgia nos oitavos de final confirmou a boa forma, com o quarto triunfo em quatro jogos, numa altura em que procuram um quarto título europeu, um recorde.

Os alemães, que também venceram o torneio por três vezes, tiveram de se esforçar muito para chegar ao topo do grupo, empatando com a Suíça nos descontos e vencendo a Dinamarca por 2-0 nos oitavos. Mas será a forma como a sua organização defensiva conseguir ou não contrariar o letal futebol ofensivo da Espanha, que vai decidir o resultado.

O seleccionador da Alemanha, Julian Nagelsmann, terá de tomar uma decisão difícil para a lateral esquerda, já que David Raum e Maximilian Mittelstaedt, ambos ofensivos, ocuparam a posição nos últimos jogos. Pode optar por uma opção mais defensiva, como Benjamin Henrichs.

"Não nos devemos esconder contra a Espanha. Como equipa, podemos mais do que acompanhá-los. Também temos qualidade absoluta. Acho que os espanhóis têm mais respeito por nós do que querem admitir em público", disse o capitão Ilkay Gundogan. 

Os alemães também enfrentam uma série de 36 anos sem vitórias em torneios contra a Espanha, com a sua última vitória a remontar ao Euro 1988.

Os alemães perderam nas meias-finais do Campeonato do Mundo de 2010 e na final do Euro de 2008, tendo ainda sofrido uma goleada de 6-0 na Liga das Nações há quatro anos.

"Não quero ofender ninguém, mas temos a melhor equipa deste torneio", disse o seleccionador espanhol Luis de la Fuente.

"Vamos lutar e sabemos o que temos pela frente, que é a Alemanha. É a conhecida máquina alemã. Vai ser um jogo muito disputado, mas estamos muito confiantes no nosso jogo", vincou.