Euro-2024: APAF elogia arbitragem lusa no Europeu reconhecendo "tristeza" por não continuar
“Se tivesse de dizer numa só palavra o que considerei o desempenho da equipa de Artur Soares Dias, é orgulho. Foram fantásticos e tudo aquilo que dependia deles foi feito”, sublinhou Luciano Gonçalves à comunicação social, instantes antes da segunda gala da APAF, que se realizou no Casino Figueira, na Figueira da Foz.
Apesar de evidenciar o desempenho da equipa de arbitragem lusa, o dirigente revelou alguma “tristeza” pelo facto de não continuar em prova.
“É óbvio que ficamos sempre com aquele sentimento de tristeza, gostávamos que tivessem chegado mais longe, mas temos de partir de um princípio de que, por norma, só fazem dois jogos. Já fizeram três e muito bem, foram três jogos fantásticos, mas gostávamos que tivessem continuado em prova”, repisou, acrescentando que “estavam num momento de forma fantástico” e que isso deixa um pouco de “insatisfação”.
O árbitro Artur Soares Dias, com os assistentes Paulo Soares e Pedro Ribeiro, mais Tiago Martins no vídeo-árbitro, apitou o embate Polónia-Países Baixos (1-2) da primeira jornada do Grupo D, o Dinamarca-Inglaterra (1-1), referente à segunda jornada do Grupo C, e também o duelo entre Áustria e Turquia (1-2), já nos oitavos de final do Europeu, que decorre na Alemanha.
Relativamente ao que o trajeto da equipa de arbitragem lusa pode acarretar para o futebol português, o líder do organismo destaca a “valorização da arbitragem”.
“Podemos achar que não são importantes, mas são. Sobretudo para estas centenas de jovens que todos os anos querem tirar o curso de árbitros”, disse.
Para o corroborar, Luciano Gonçalves destacou um episódio que aconteceu momentos antes do início da gala, onde um jovem, ainda sem idade para tirar o curso de árbitro, estava à espera que cada árbitro chegasse ao Casino Figueira para pedir um autógrafo.
“São estes momentos que são muito importantes para ajudar naquilo que é o recrutamento e na retenção na arbitragem”, sublinhou o presidente da APAF, aludindo à “matemática” para explicar que “se houver mais árbitros, melhores eles são obrigados a ser para conseguirem chegar lá acima”, melhorando, consequentemente, a arbitragem.