Recorde as incidências da partida

Zlatko Dalić, selecionador da Croácia

Análise: “A Albânia marcou-nos no final (no empate 2-2, na segunda jornada), a Itália aos 90+8 minutos... Só posso felicitar os meus jogadores pela luta, vontade e sacrifício que demonstraram, mas a verdade é que não era o nosso torneio. Falhámos dois penáltis, sofremos dois golos nos descontos. Hoje (ontem), tivemos a situação nas nossas mãos e estou dececionado com tudo isto. Agradeço também aos nossos adeptos, que mostraram o que significa apoiar o seu país, e lamento muito por eles. É um fracasso não termos passado (aos oitavos de final)".

Luta: "Estivemos bem, especialmente na primeira parte. Não sofremos nenhum golo, algo que não conseguimos fazer frente à Espanha e à Albânia. Só posso felicitar os meus rapazes pela grande luta que deram. Dói e ainda vai doer nos próximos dias. Não é fácil, mas, por vezes, não é o nosso dia. É futebol. Mantivemos o nosso plano de jogo durante 98 minutos, mas, infelizmente, tudo desabou".

Descontos: "Não sei se houve realmente oito minutos de compensação, mas somos um país pequeno e a UEFA e a FIFA não cuidam muito de nós. Temos de nos defender. Oito minutos é um absurdo e nada o justificava. A Croácia tem de ser respeitada, mas o futebol é assim e a vida continua”.

Luciano Spalletti, selecionador da Itália

Análise: “Nem sempre mostrámos o nosso nível, mas esta qualificação foi justa e difícil. Pelo que vimos em campo, esta noite merecemos a qualificação (para os oitavos de final). Isto é o futebol, acreditámos até ao final. Quando os jogos são decididos assim, tudo se torna mais emocionante. Ninguém acreditava, mas os jogadores arriscaram e mantiveram a cabeça no lugar, apesar de termos ficado com apenas três defesas em campo. Só posso dar-lhes os parabéns pela reação".

Aquém do esperado: "Não há como negar: estivemos abaixo do nosso nível habitual na primeira parte. Se não criarmos muito, não vamos marcar. Podemos estar felizes com o resultado, mas temos de fazer mais. Temos jogadores com qualidade para jogar estas partidas de igual para igual, mas, às vezes, cometemos erros que são demasiado banais. Se cometermos erros banais, teremos dificuldades com qualquer sistema".

Dificuldades: "Não fomos demasiado prudentes (ao alinhar de início em 3-5-2). Se as nossas limitações passam por afastar bolas simples na defesa, então vamos sentir dificuldades com quaisquer onze iniciais ou sistema tático que usarmos. Na primeira parte, perdemos a bola de uma forma que não podemos permitir. Isso não é ser prudente. Se não jogarmos com qualidade nem fizermos o básico, teremos dificuldades".

Pressão: "Se ficámos abaixo do nível mínimo (pretendido), é porque também há pressão. Não é fácil entrar (em campo) sabendo que um empate é suficiente. Fomos muito tímidos no primeiro tempo, mas não por uma questão de sistema, que é irrelevante quando comparada com a atitude e qualidade vistas em campo".

Experiência da Croácia: "Eu não disse que este era o grupo da morte, mas a Espanha e a Croácia são muito fortes. Estes jogos são difíceis, porque a Croácia é uma equipa com muita experiência a este nível e pode causar problemas a qualquer adversário”.

Luka Modrić, melhor jogador em campo para a UEFA

Injustiça: “Não sei o que dizer. O futebol é cruel por vezes e isso ficou novamente demonstrado. Não merecíamos este golo. Nunca duvidámos dos nossos adeptos. Sabíamos que eles estariam connosco, independentemente do que acontecesse. Estão sempre presentes e agradecemos-lhes. Lamentamos que não tenhamos conseguido a vitória para avançar para a próxima fase".

Descontos: "Dificilmente, a teoria vai ajudar-nos. Ontem (no domingo), precisávamos de um ponto (no jogo entre Hungria e Escócia, que os magiares venceram por 1-0 nos descontos). Da última vez (frente à Albânia), sofremos aos 90+5 minutos. Hoje foi aos 90+8. O futebol é um desporto cruel e parece que (a continuidade em prova) não era para ser para nós".

Futuro na seleção: "Veremos, não é o momento certo para falar sobre isso”.

Mattia Zaccagni, jogador da Itália e autor de um golo

Emoção: “Foi uma emoção indescritível. Estou muito feliz por marcar o golo que nos ajudou a qualificar. O Riccardo Calafiori deu-me uma bola fantástica e, depois, foi incrível o abraço de toda a equipa (nos festejos). Agora, temos um pouco de tempo para celebrar esta qualificação e, depois, vamos concentrar-nos no próximo jogo".

Próximo adversário: "A Suíça (adversária nos oitavos) é uma equipa muito boa e vimos isso ontem (no domingo) contra a Alemanha (empate 1-1)”.