Euro-2024: Declarações dos protagonistas do Espanha-Itália (1-0)
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Luis de la Fuente, selecionador da Espanha
Análise: “Acho que foi o nosso melhor jogo desde que assumi o comando da seleção. Fizemos uma grande exibição a todos os níveis e quero sublinhar a qualidade desta geração de jogadores. Os jogadores espanhóis são os melhores do mundo. Sei o que esta equipa vale e não vejo limites, mas ainda não conseguimos nada. Vencemos alguns jogos importantes, mas o futebol pode ser muito cruel e precisamos de ser cautelosos e humildes e de mostrar respeito".
Superioridade: "Tratou-se mais do que apenas frescura. O futebol não se trata só de preparação física, mas também de tática e técnica. Fomos superiores em todos os aspetos. Pode parecer que a Itália jogou mal, mas isso aconteceu porque nós jogámos muito bem. Eles conquistaram o Europeu há três anos e ainda estamos muito longe disso, mas gosto do facto de as pessoas começarem a considerar que também podemos vencer".
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Confiança: "Nenhuma equipa é melhor do que nós, mas precisamos de continuar a trabalhar arduamente, melhorar, manter os pés no chão e não baixar a guarda. Estou muito orgulhoso da forma como ganhámos este jogo, de liderar esta equipa e da nossa forma de jogar, mas o Europeu é muito desafiante e, quanto mais avançarmos, os nossos adversários conhecem-nos melhor e tornam-se cada vez mais difíceis. Há muitas seleções de ponta nesta competição".
Próximo jogo: "O próximo jogo (frente à Albânia, na segunda-feira, da terceira e última jornada) vai permitir-nos renovar a equipa, mas queremos vencê-lo e não fazer favores a ninguém. Temos alguns jogadores de topo que ainda não jogaram e que estão ansiosos por mostrar o que podem fazer”.
Luciano Spalletti, selecionador da Itália
Análise: “Estivemos lentos esta noite. O que fez a diferença foi a nossa falta de frescura física. A Espanha foi uma equipa e nós não conseguimos jogar assim. Eles mereceram vencer. Nunca estivemos em jogo, nem conseguimos criar situações adequadas para chegar ao nível da Espanha".
Rendimento: "Houve um abismo demasiado grande. Vários jogadores não estiveram à altura e isso resume toda a equipa. Estávamos a ser constantemente sobrecarregados, nunca conseguimos diminuir diferenças e eles causaram-nos mais problemas do que o resultado sugere. Não vamos estar aqui com rodeios".
Problemas físicos: "Devia ter dado mais dias de descanso aos meus jogadores (depois da vitória sobre a Albânia, por 2-1, na jornada inaugural). Demos-lhes apenas um dia e meio com base nos diferentes dados que tínhamos, mas houve muitos problemas neste jogo para nós. Se não temos o mesmo nível (físico) do adversário, não conseguimos competir em todos os aspetos. Perante um adversário desta qualidade técnica, se não respondemos fisicamente nem temos a velocidade de reação necessária, há menos lucidez, cometem-se mais erros e perdem-se demasiadas bolas fáceis".
Elogios a Espanha: "Todos adorariam copiar a Espanha em termos da forma como jogam. Eles praticam o melhor futebol há muito tempo. É preciso consciencializar os meus jogadores sobre a importância deste tipo de jogo. Se ficamos muito atrás contra equipas como esta, no final de contas, tudo se torna muito difícil”.
Nico Williams, melhor jogador em campo para a UEFA
Análise: “Estou muito feliz. Estávamos à procura de encontrar as melhores sensações e mostrámos contra a Croácia (na vitória por 3-0, da jornada inaugural) que temos vontade de fazer algo grande neste Europeu. Estes jogadores trabalharam como uns animais. Jogámos de forma espetacular e temos estado num nível muito elevado. Dá-me igual se foi o jogo mais completo que fiz até agora com a seleção nacional. Espero continuar nesta linha”.
Donnarumma, guarda-redes da Itália
Análise: “Honestamente, não me importo com as minhas defesas. Esperava um resultado e um desempenho diferentes. Errámos muitos passes fáceis e colocámos pouca qualidade em campo. Se errarmos tanto, somos punidos. Estamos irritados, mas o destino ainda está nas nossas mãos e não nos devemos preocupar com os outros. Corremos muito hoje (ontem), talvez mal, mas há que partir dessa atitude, sabendo que temos de fazer muito melhor contra a Croácia (na segunda-feira, na terceira e última jornada)”.