A Bélgica fez um jogo cauteloso contra a França em Dusseldorf, na segunda-feira, e foi surpreendida por um autogolo no final da partida, o que a fez regressar a casa com pouco impacto no torneio. No entanto, chegar à fase a eliminar na Alemanha foi uma melhoria em relação ao Campeonato do Mundo do Catar, onde a Bélgica nem saiu da primeira fase.

Os belgas terminaram em segundo lugar num agrupamento em que eram fortemente cotados para liderar, sofrendo uma derrota surpreendente contra a Eslováquia, derrotando a Roménia e, inexplicavelmente, jogando pelo seguro contra a Ucrânia, contentando-se com um empate.

O resultado provocou a fúria dos adeptos, que esperavam muito mais e submeteram os seus próprios jogadores a assobios e vaias após o empate sem golos com a Ucrânia.

Na segunda-feira, a reação não se repetiu, apesar de mais uma exibição pouco ambiciosa, em que a Bélgica procurou recuar e apanhar os franceses, cedendo a posse de bola, mantendo Kevin De Bruyne num papel defensivo a meio-campo e parecendo em grande parte receosa. No entanto, quando a Bélgica chegou ao ataque, Jeremy Doku mostrou-se uma ameaça e a classe de De Bruyne veio à tona.

A tática deTedesco levantou dúvidas sobre se ele é o homem certo para o trabalho. 

O alemão de origem italiana começou o seu mandato após o Catar com uma série invicta de 14 jogos e assinou uma prorrogação de contrato antes do início da Euro. Mas a federação belga pode estar agora a arrepender-se da sua decisão, uma vez que Tedesco fez tudo mal no torneio.

A desavença no ano passado com o guarda-redes Thibaut Courtois, considerado um dos melhores do mundo, fez com que o jogador do Real Madrid ficasse em casa.

De Bruyne, que teve várias lesões ao longo das últimas épocas, está agora a considerar o seu futuro internacional e, com Eden Hazard retirado, Jan Vertonghen a desistir depois da Alemanha e Courtois afastado, a "geração de ouro" da Bélgica, que chegou às meias-finais do Campeonato do Mundo de 2018 e passou quase três anos no topo do ranking mundial, está no fim.