Quatro dias antes da estreia no Euro contra a Escócia, a 14 de junho, em Munique, Fullkrug disse estar à vontade com a decisão do selecionador alemão Julian Nagelsmann de nomear Kai Havertz como avançado titular dos anfitriões.

"É importante ser honesto e retribuir essa honestidade nessas conversas", disse Fullkrug numa conferência de imprensa.

"Por isso, dei a minha opinião. O treinador tem o poder e toma as decisões, e essa é a forma correta. Desde que éramos jovens futebolistas que nos ensinaram o que é a competição", acrescentou.

"Temos este pensamento de competição e temos de nos lembrar disso constantemente. É tudo por uma coisa grande e especial. Todos nós temos a ambição de jogar o máximo possível e assumir a responsabilidade. Kai tem todo o meu apoio e desejo-lhe todos os golos possíveis, porque isso vai fazer-nos avançar nesta oportunidade única que temos", disse ainda Fullkrug.

O avançado do Borussia Dortmund é uma revelação tardia na seleção, tendo sido uma surpresa na lista de convocados para o Mundial de 2022, onde foi um dos poucos jogadores a escapar de críticas contundentes após a eliminação na fase de grupos.

"Vamos para o torneio com um bom pressentimento e temos de nos identificar com o nosso papel e, mesmo assim, aceitá-lo e vê-lo como uma motivação para trabalhar, a fim de ir além deste papel e conseguir mais tempo de jogo", afirmou.

O jogador do Dortmund é o único avançado de raiz do plantel, ao contrário de Havertz, que é um jogador mais móvel.

"Basicamente, é bom ter dois tipos diferentes de avançados. Kai é um avançado completamente diferente, definido por um jogo diferente. Estamos ambos muito confiantes. Não creio que muitas equipas fiquem satisfeitas por jogar contra nós", atirou Fullkrug.

A anfitriã Alemanha, que também enfrenta a Hungria e a Suíça no Grupo A, conseguiu uma reviravolta por 2-1 aos 89 minutos sobre a Grécia na semana passada, no último amigável de preparação, mas não conseguiu impressionar.

"Estivemos um pouco letárgicos (na primeira parte), o que me fez pensar um pouco. Isso certamente não acontecerá na partida de abertura", garantiu Fullkrug.

"Haverá momentos em que eles (Escócia) estarão a defender mais atrás. Espero que isso dependa do nosso desempenho e não do do adversário. Temos de ter uma certa arrogância. Temos a qualidade no plantel e isso faz parte de uma equipa que quer chegar longe no torneio", concluiu.