O médio ofensivo foi decisivo para o empate da Roménia com a Eslováquia (1-1) no último jogo do Grupo E, na quarta-feira, ao sofrer o penálti que deu origem ao empate de Razvan Marin.
A Roménia venceu o grupo e agora enfrenta os Países Baixos nos oitavos de final, o que lhe dá a possibilidade de fazer uma campanha semelhante à do seu pai, cujo brilhantismo levou a Roménia aos quartos de final do Campeonato do Mundo de 1994, onde foi eliminada pela Suécia.
Há trinta anos, Gheorghe foi treinado por Anghel Iordanescu e, na Alemanha, Ianis está a trabalhar com o tático Edward Iordanescu, filho de Anghel, outra ligação entre duas das famílias mais famosas do futebol romeno.
Duas gerações, com três décadas de diferença, na esperança de fazer história para a Roménia.
"Atingimos o nosso primeiro objetivo, todos sabiam que queríamos sair do grupo e, além disso, tínhamos também o objetivo de levar as pessoas para as ruas, de as fazer felizes, de se orgulharem desta geração, da nossa equipa", disse Ianis Hagi à PRO TV.
"Não temos medo de nenhum adversário, mas estamos na primeira competição a nível sénior (para este grupo de jogadores). Temos uma boa experiência e depois temos nós, os jovens, com muito entusiasmo e muita qualidade!", acrescentou.
Gheorghe Hagi teve a distinção de jogar no Real Madrid e no Barcelona, numa ilustre carreira no clube, e levou o Steaua Bucareste à final da Taça dos Campeões Europeus de 1989, perdida para o AC Milan.
O percurso do filho foi mais difícil. Inias passou pela academia do pai e estreou-se com 16 anos no clube romeno que Gheorghe formou em 2009, o Viitorul Constanța.
Mais tarde, passou pela Fiorentina, de Itália, pelo Genk, da Bélgica, e agora pelo Rangers, da Escócia.
Após uma lesão prolongada, Hagi teve uma temporada dececionante, por empréstimo no Alavés, em 2023/2024, onde as suas 22 partidas na LaLiga produziram apenas duas assistências e nenhum golo.
No entanto, no Euro-2024, Hagi causou sensação, não pelo seu apelido, mas pelas suas proezas em campo.