Há algo em que todos concordaram após o Suíça-Itália 2-0: o Europeu da seleção italiana foi um fracasso, uma das páginas mais negativas da história da Squadra Azzurra em grandes competições.
Uma derrota que deixa a consciência de que foi um espetáculo quase nunca visto a certos níveis e a sensação de que não podia ter corrido pior.
Quatro jogos, três golos marcados, um dos quais no último minuto, muita confusão, mas sobretudo dois jogos (os da Espanha e da Suíça) em que a Itália foi completamente dominada pelo adversário não deixam margem para interpretações.
As primeiras páginas dos jornais
Sem entrar no mundo das redes sociais, onde as críticas não param de chover, os comentários de primeira página dos três principais diários desportivos italianos foram muito severos. La Gazzetta dello Sport titulava "Tutto da Rifare", aludindo à necessidade de uma revolução para que a seleção volte a ter um nível aceitável, Il Corriere dello Sport escrevia sucintamente "Una vergogna", enquanto o Tuttosport optava por "Fallimento Nazionale".
Jornalistas e especialistas contra Spalletti
Mais do que os jogadores, foi o selecionador que foi massacrado, também na televisão: Andrea Stramaccioni, antigo treinador e agora comentador da RAI, sublinhou o posicionamento incorreto de alguns jogadores, como Nicolò Barella ("no Inter nunca jogou como trequartista") e acusou o técnico toscano de não ter dado uma identidade tática à equipa.
Fabio Capello também foi muito duro, dizendo à Sky Sport: "Tentámos todas as táticas, mas só vimos uma equipa dispersa pelo campo. Tive a impressão de que não havia ordem. Penso que Spalletti sobrestimou o plantel. Ele tinha ideias e queria ver um certo tipo de jogo, mas a qualidade dos jogadores é esta. O seu dinamismo é este. Se somos bem sucedidos nas Liga dos Campeões é porque somos ajudados por jogadores estrangeiros".