Euro-2024: Kadioglu quer travar o país onde nasceu
Kadioglu nasceu em Arnhem e o seu pai é turco. Jogou ainda nas selecções nacionais dos Países Baixos durante a juventude, antes de deixar o pais do Norte da Europa aos 18 anos para jogar futebol em clubes do país euro-asiático.
Atualmente, é um dos jogadores mais importantes da seleção do treinador Vincenzo Montella. Foi o que confirmou na vitória da Turquia por 2-1 sobre a Áustria nos oitavos de final: correu 12,2 km, teve o maior número de contactos com a bola (71), ganhou o maior número de duelos (10) e fez o maior número de intercepções defensivas (6).
"Este será um jogo muito especial para mim. O meu primeiro torneio com a Turquia e a passagem aos quartos de final é fantástico. A equipa lutou muito e colocou muita energia. Estamos muito felizes", disse Kadioglu.
"Os Países Baixos devem ter medo de nós. Se virem a energia que colocámos no jogo.... Criámos oportunidades perigosas e jogámos bem na defesa. Lutámos muito. Também temos um décimo segundo homem, que são os adeptos", afirmou o jogador do Fenerbahçe.
Há três anos, ainda jogava na jovem Laranja Mecânica, mas o caminho para a equipa nacional parecia bloqueado e Kadioglu mudou de nacionalidade.
"Pensei muito no assunto e discuti-o com as pessoas que me rodeiam. Ambos os países são muito importantes para mim. Torci sempre pela Turquia e pelos Países Baixos durante as finais dos torneios. Mas tive de escolher e acabei por preferir a Turquia", explicou.
Kadioglu ainda fala turco com dificuldade e dá entrevistas aos media locais em inglês. O já referido Kökçü, o outro jogador turco nascido nos Países Baixos, é desde há muito o favorito do público no Feyenoord, tendo sido o capitão do clube e campeão da Eredivisie no ano passado sob o comando de Arne Slote. No entanto, ele será obrigado a perder o confronto com o seu país natal.
"É uma grande desilusão, mas estou muito feliz por termos seguido em frente. Tenho a certeza de que os meus colegas de equipa vão fazer um bom jogo", disse à televisão neerlandesa. O jogador natural de Haarlem também esteve na seleção durante o último encontro entre os Páises Baixos e a Turquia, que a Laranja Mecânica venceu por 6-1 em 2021.
"Não me esqueci desse jogo. Vai ficar definitivamente como uma memória amarga", admitiu.