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"Luciano Spalletti tem e mantém a nossa confiança, e deve continuar o seu trabalho", disse Gabriele Gravina, presidente da FIGC, numa conferência de imprensa no centro de estágios em Iserlohn (oeste da Alemanha).

"Todos nós somos responsáveis, dirigentes, jogadores, treinadores (...) É um projeto que vai durar vários anos e é impensável abandonar um projeto ao fim de oito meses", continuou.

"Há certamente coisas que têm de ser mudadas, coisas que têm de ser revistas, haverá que fazer uma reflexão profunda, começámos (sábado) à noite, todos temos de crescer, só há uma maneira de enfrentar este momento, através do trabalho", insistiu Gravina.

"Daqui a 60 dias, já temos jogos importantes (na fase de grupos da Liga das Nações, nomeadamente contra a França, ndr). Mbappés e Ronaldos não florescerem em 60 dias, mas há talento no futebol italiano e precisamos certamente de trabalhar para o desenvolver", reconheceu o presidente da FIGC.

A Itália terminou o Euro-2024 com um registo calamitoso de apenas uma vitória (2-1 contra a Albânia), um empate (1-1 contra a Croácia) e duas derrotas (1-0 contra a Espanha e 2-0 contra a Suíça), marcando três golos e sofrendo cinco.

"Cometi erros. O jogo de ontem (contra a Suíça) mostrou que tínhamos caído de nível, e isso não é aceitável.  Os jogadores não me deram as respostas que eu esperava deles, precisamos de jogadores jovens e frescos", admitiu.

O antigo treinador do Nápoles assumiu o cargo em agosto de 2023, substituindo Roberto Mancini, que levou a Nazionale ao título europeu em 2021 antes de se mudar para a Arábia Saudita. Como seleccionador o seu registo é de sete vitórias, quatro empates e três derrotas.

A Itália não participou nas duas últimas edições do Campeonato do Mundo (2018, 2022).

"Estamos mais longe do que pensávamos (da competição). Seria um desastre inimaginável não participar num Campeonato do Mundo pela terceira vez consecutiva", admitiu Gravina, que excluiu a hipótese de se demitir.