Álvaro Morata parece ser um jogador diferente daquele que vimos entre agosto de 2023 e janeiro de 2024, altura em que marcar golos era quase uma rotina para ele. Nessa altura, tinha acumulado um total de 13 golos na LaLiga e estava entre os candidatos ao prémio de melhor marcador, um facto que foi radicalmente alterado por um longo e inoportuno período de má forma (apenas mais dois golos desde então).
A última vez que disputou um jogo internacional foi a 12 de outubro do ano passado. E isso foi precisamente no contexto da qualificação para o Campeonato da Europa. O seu golo aos 73 minutos, a partir de um passe de Jesús Navas, foi o suficiente para abrir o marcador contra a Escócia.
Ele teve outra chance contra Andorra no Nuevo Vivero na última quarta-feira, mas passou despercebido (Mikel Oyarzabal marcou um hat-trick, Ferran Torres e Ayoze Pérez marcaram os outros gols). O avançado nascido em Guipúzcoa assumiu a titularidade ao intervalo, aproveitando as fragilidades de uma equipa muito inferior à espanhola. Este sábado, desta vez contra a Irlanda do Norte, Morata marcou o segundo golo da sua equipa, mas ainda assim foi insuficiente aos olhos dos adeptos da Roja.
"Incontestável"
"Álvaro é um jogador indiscutível, é o melhor marcador nacional. Ele dá-nos garantias. Os jogadores acabaram de passar por dez meses de competição. É uma questão de recuperar a sua plena forma física - em todos os sentidos - e é por isso que, por vezes, são submetidos a sessões de treino personalizadas. Sem dúvidas, sem perguntas estranhas... Sabemos que é um jogador que marca muitos golos", explicou Luis de la Fuente em conferência de imprensa há alguns dias.
"Não estou nada preocupado (com a má fase), estou muito ligado a ele. Ele sempre esteve à altura. Está a mostrar que é um grande capitão. Vai estar à altura do que lhe pedimos", acrescentou mais tarde.
Várias opções para o substituir
Tudo indica que Morata terá um papel importante na Alemanha, mesmo que seja necessário ter alternativas para poder mudar o cenário de uma partida. E o treinador de Haro tem mais do que uma corda no arco. A primeira, e mais natural, é recorrer a Joselu, um avançado à moda antiga que, se há uma coisa que sabe fazer, é finalizar.
Há semelhanças entre Morata e Joselu, pois ambos se sentem confortáveis de costas para a baliza e se consideram finalizadores. No entanto, o madridista é melhor nos duelos aéreos e o colchonero aproveita melhor os espaços porque é mais rápido. Esta época, o primeiro marcou um golo pelo Atleti a cada 142 minutos, um número que o ex-jogador do Alavés consegue melhorar (118') graças a noites como a meia-final da Liga dos Campeões contra o Bayern de Munique.
O treinador espanhol pode também optar por um jogador mais pequeno e rápido, capaz de jogar como falso 9. Oyarzabal, Olmo, Ferran ou Ayoze Pérez podem ser os casos, pois todos eles são capazes de jogar nesta posição ou no flanco, e são úteis em diferentes sistemas. Resta saber qual será a decisão final de Luis de la Fuente.