Pela décima segunda vez consecutiva, a fase final do Campeonato da Europa não contará com a participação da Noruega. Ao mesmo tempo, a Dinamarca prepara-se para o seu oitavo campeonato desde 2000. A Suécia também participou em oito.
"Pensei muito nisso", afirmou Åge Hareide, que foi o selecionador nacional norueguês de 2003 a 2008 - e treinador da seleção dinamarquesa de 2015 a 2020.
O jornal norueguês também reservou a curiosa estatística para Kasper Hjulmand na conferência de imprensa antes do encontro de sábado com a Noruega.
"Há algo de mentalidade em relação à prática da vitória e da qualificação. Todas as eliminatórias são difíceis. Há sempre minutos cruciais e são os pequenos pormenores que decidem se se consegue ou não passar. O futebol das seleções nacionais exige um elevado nível de mentalidade e perseverança. Gostaria de elogiar a nossa equipa nesse aspeto", afirma Hjulmand.
O antecessor de Hjulmand, Åge Hareide, também experimentou uma sensação de segurança e tranquilidade completamente diferente na Dinamarca, desde a administração nos serviços até aos jogadores e ao público em geral.
"Nunca houve stress, mesmo depois do empate 0-0 em casa contra a Irlanda no play-off (para o Campeonato do Mundo de 2018), a sensação era de que 'vamos resolver isto'", disse. Em Dublin, os dinamarqueses venceram por 5-1.
"Para os dinamarqueses, a qualificação é um dado adquirido, e isso reflete a pressão e o ambiente que rodeia a equipa. Toda a gente acredita. Na Noruega, ficamos com medo, mesmo em casa, em Ullevaal", acrescentou Hareide.
Ståle Solbakken, o atual selecionador nacional da Noruega, também afirma que a falta de qualificação da Noruega é um mistério.
"Não rejeito o que Åge diz. É difícil dizer até que ponto é importante, mas é sem dúvida um fator que contribui. A rotina que se adquire com a participação nos campeonatos, tanto para os jogadores como para toda a organização, também é transmitida", salientou Solbakken.
Dinamarca e Noruega medem forças no Estádio de Brøndby às 18:30 de sábado.