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Euro-2024: Os altos e baixos de uma edição inesquecível

Adeptos alemães posam para uma fotografia no Euro 2024
Adeptos alemães posam para uma fotografia no Euro 2024AFP
Soou o último apito do Euro-2024 este domingo depois da final entre Espanha e a Inglaterra, para trás ficaram momentos inesquecíveis que a AFP Sport compilou em pontos altos e baixos deste festival de futebol na Alemanha.

Alto: Excelente atmosfera

Depois de o Euro-2020, adiado por um ano devido à COVID-19, ter sido espalhado por todo o continente, negando-lhe um sentido de alma coerente, este verão multidões de adeptos correrem à Alemanha para compensar o tempo perdido.

Muitos dos que optaram por não ir ao Catar para o Campeonato do Mundo de 2022 aguardavam ansiosamente o início do torneio. Com a cerveja barata a alimentar atmosferas vibrantes, os adeptos foram um dos pontos altos do torneio.

Quer se trate dos turcos, que tocaram as buzinas dos carros pela noite dentro após as vitórias, dos neerlandeses, que transformaram as cidades anfitriãs num mar laranja, ou dos escoceses, que fizeram amigos em todo o lado, todos eles provaram mais uma vez que os adeptos fazem o futebol.

Baixo: Segurança em primeiro lugar

Embora a Espanha tenha brilhado na caminhada até à final, muitas das equipas mais fortes não conseguiram entreter. A França foi eliminada nas meias-finais, marcando apenas um golo de bola corrida, o que significa que a segurança esteve em primeiro lugar.

A Inglaterra, de Gareth Southgate, fez o mesmo na corrida até à final, com apenas cinco remates à baliza ao longo de 240 minutos contra a Eslováquia e a Suíça nos oitavos e quartos de final, respetivamente, vencidos no prolongamento e nos penáltis.

Portugal, comandado pelo veterano Cristiano Ronaldo, precisou das grandes penaliades para superar a Eslovénia após um nulo nos oitavos de final e foi eliminado em mais um desempate de grandes penalidades após novo empate a zero com a França.

A maior estrela do torneio, Kylian Mbappé, marcou apenas um golo, de penálti, enquanto o inglês Harry Kane tem sido uma sombra de si mesmo.

Alto: Pequenos e prósperos

A estreante Geórgia foi a maior história de sucesso num torneio em que muitas das equipas mais pequenas viveram grandes momentos. Embora muitos critiquem a expansão do Euro de 16 para 24 equipas, algumas das nações mais pequenas mostraram que isso também pode ser positivo.

A Geórgia fez história ao conquistar a sua primeira vitória em Euros com um surpreendente triunfo por 2-0 sobre Portugal para chegar aos oitavos de final e até mesmo assumir a liderança contra a finalista Espanha nos oitavos.

A Eslováquia teve a Inglaterra nas cordas e os Três Leões só se salvaram nos últimos instantes da partida com um remate impressionante de Jude Bellingham, enquanto Portugal ultrapassou a Eslovénia nos penáltis. A equipa de Matjaz Kek chegou aos oitavos de final de um grande torneio pela primeira vez na sua história.

Baixo: Tensão política

Num clima político marcado por eleições importantes em toda a Europa, houve alguns momentos de tensão. O defesa turco Merih Demiral foi castigado por ter feito um gesto associado ao grupo de extrema-direita turco Lobos Cinzentos.

Demiral afirmou que a saudação ao lobo não tinha qualquer mensagem oculta e era uma demonstração de orgulho turco, mas provocou um incidente diplomático entre o seu país e a anfitriã Alemanha, cujos políticos criticaram o gesto.

Entretanto, na fase de grupos, os cânticos ofensivos dirigidos aos sérvios pelos adeptos da Albânia e da Croácia valeram multa da UEFA às duas equipas.

Alto: Uma nova geração

Enquanto as estrelas consagradas não tiveram sucesso na Alemanha, os jovens jogadores destacaram-se.

O espanhol Lamine Yamal tornou-se o marcador mais jovem da história da competição, com 16 anos, ao marcar um golaço contra a França, enquanto no outro flanco da equipa Nico Williams, que acaba de completar 22 anos, também arrasou os adversários.

A Alemanha foi impulsionada por Jamal Musiala, de 21 anos, do Bayern de Munique, e Arda Guler, 19 anos, que ajudou a levar a Turquia aos quartos de final pela primeira vez desde 2008. Kobbie Mainoo, 19 anos, do Manchester United, também se estabeleceu como uma peça vital no meio-campo da Inglaterra.

Baixo: Péssima defesa dos campeões

Nenhuma outra seleção defendeu com sucesso o Campeonato da Europa, à exceção da Espanha em 2012, mas a tentativa da Itália neste verão foi nada menos do que lamentável.

Os italianos triunfaram no Euro-2020, mas sem muitos dos seus principais jogadores, incluindo Giorgio Chiellini, Leonardo Bonucci e Marco Verratti, caíram na Alemanha.

A Azzurra venceu a Albânia por 2-1, com uma exibição pouco convincente, mas foi totalmente dominada pela Espanha numa derrota por 1-0 que poderia ter sido bem mais expressiva e, na última jornada, conseguiu empatar no último minuto com a Croácia por 1-1.

O seleccionador Luciano Spalletti teve dificuldades em conseguir uma sintonia com a equipa, que qualificou de "lenta" depois de ter sido eliminada nos oitavos de final pela Suíça.