Euro-2024: República Checa em polvorosa quer evitar uma Moldávia para a história
Os comandados de Jaroslav Šilhavy têm dois pontos de vantagem sobre os rivais no segundo lugar da tabela e tudo o que precisam de fazer para se qualificarem para o Euro-2024 é um empate no último jogo do ano. Ainda assim, a República Checa não quer brincar com a sorte e vai aproveitar um estádio com lotação esgotada para carimbar com chave de ouro o passaporte para a Alemanha. Os moldavos têm como objetivo uma histórica primeira participação na fase final de um torneio.
Os checos já poderiam ter garantido a qualificação na sexta-feira, se tivessem vencido na Polónia, mas o empate (1-1) em Varsóvia obriga a este último passo. A equipa checa é a grande favorita antes do jogo, também porque não perdeu nos três jogos anteriores com a Moldávia, embora não tenha conseguido vencê-la no último embate.
A seleção da república pós-soviética está a dois pontos dos checos, depois do empate de sexta-feira com a Albânia (1-1), líder do grupo, e só uma vitória sensacional garantiria a passagem. Os polacos, terceiros classificados, já estão fora das contas. Se os comandados de Šilhavy fracassarem em Hana e forem derrotados, terão de disputar o play-off, que, na pior das hipóteses, já está garantido.
"Acredito que vamos dar o último passo, que vamos chegar ao fim e que nos vamos qualificar para o Euro. Não me vão ouvir dizer que só precisamos de um empate. O jogo ainda tem de ser jogado em campo e nós temos de o vencer. A Moldávia esteve bem, ganhou cinco pontos à Polónia. Não podemos pensar que está feito", disse Šilhavy.
A sua posição esteve em risco após a derrota por 0-3 com a Albânia em outubro, mas o comité executivo da FAČR confirmou-o no cargo para os jogos de novembro, após a subsequente vitória em casa por 1-0 sobre as Ilhas Faroé. A direção da federação voltará a analisar o cargo de treinador depois de 30 de novembro, data em que termina o contrato.
O ambiente na equipa foi prejudicado por um incidente noturno em Olomouc, depois de a equipa se ter deslocado de Varsóvia no sábado. Os experientes jogadores Brabec, Coufal e Kuchta violaram as regras ao irem a uma discoteca em Hana, onde permaneceram até às primeiras horas da manhã, tendo sido obrigados a abandonar a equipa. Os três estiveram na equipa titular contra a Polónia.
A equipa checa perdeu apenas um dos nove jogos disputados este ano e sofreu apenas uma derrota em casa nos últimos 16 jogos.
"Estamos muito ansiosos por este jogo. Queremos qualificar-nos para o Euro, por isso vamos fazê-lo todos juntos como checos. Jogar para o empate seria suicídio", disse o defesa David Douděra, que invulgarmente começou no lado esquerdo na Polónia.
Desde a separação da federação, a equipa nacional checa conseguiu passar as sete qualificações europeias e pode carimbar a oitava participação consecutiva no Europeu.
Os moldavos, que ocupam apenas o 157.º lugar no ranking de selecções da FIFA, nunca estiveram tão perto de se apurar. A associação local descreveu o jogo em Olomouc como o jogo do "século". Os moldavos, tal como os checos, sofreram apenas uma derrota na fase de qualificação até agora e perderam dois pontos com a Polónia, tendo vencido em casa por 3-2 e empatado fora por 1-1. Os moldavos contam com o avançado Ion Nicolaescu, que marcou quatro golos no grupo.
Os forasteiros precisam de vencer em Hana para alcançarem um êxito histórico, algo que só conseguiram num dos últimos 16 jogos fora de casa nas eliminatórias europeias. "Para nós, é fantástico ter a oportunidade de jogar para a qualificação noo último jogo. Não temos absolutamente nada a perder, vamos deixar tudo em campo", disse o treinador Serghei Clescenco, cujos comandados são atualmente a sexta pior equipa europeia no ranking.