Robertson e companhia congelaram sob os holofotes durante a abertura do torneio na sexta-feira, quando a anfitriã Alemanha venceu por 5-1. Foi a segunda maior derrota da Escócia num grande torneio, depois dos 7-0 sofridos contra o Uruguai no Campeonato do Mundo de 1954.
Desde a humilhação em Munique, os escoceses passaram vários dias fazendo um exame de consciência no quartel-generaç. Robertson disse que a maior lição que tirou do encontro com o técnico Steve Clarke e com o resto do grupo foi que eles não podem se deixar abater pela ocasião enquanto lutam para permanecer no torneio.
"A outra noite não foi fácil. Enfrentámos uma equipa muito boa, não nos apresentámos como queríamos e fomos castigados por isso. Talvez tenhamos tido um pouco de medo", disse Robertson aos jornalistas na terça-feira: "Talvez a ocasião tenha afetado alguns de nós, alguns não fizeram os seus melhores jogos. Não fizemos o que tínhamos feito para chegar ao torneio. Havia muitos rostos desapontados. Mas seguimos em frente. Não podemos ficar a pensar nisso. Não estávamos a apontar o dedo a ninguém. Precisamos de aparecer, jogar com os nossos pontos fortes e fazer melhor em quase todas as áreas."
Robertson, lateral-esquerdo do Liverpool, está confiante de que a Escócia pode manter vivas as suas esperanças de chegar à fase eliminatória de um grande torneio pela primeira vez, mesmo que o frustrado Exército Tartan possa estar a perder a fé.
"Sabemos o que temos de fazer de diferente. Talvez as pessoas de fora não tenham muita esperança em nós, mas acreditamos firmemente que temos qualidade no nosso elenco", atirou Robertson, cuja seleção tem uma vitória nos últimos dez jogos: "Mostrámos isso na campanha de qualificação. Espero que amanhã as pessoas vejam a Escócia em que acreditamos. É um torneio fantástico. Queremos aproveitá-lo o máximo possível. Faltam-nos dois jogos para nos mantermos na competição."
A Escócia venceu a Suíça por 1-0 na fase de grupos do Euro 1996, um resultado que continua a ser a sua mais recente vitória num Campeonato da Europa. Com os quatro melhores terceiros classificados desta edição a poderem qualificar-se para a fase a eliminar, uma nova vitória sobre os suíços colocaria a sua equipa de novo na corrida.