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Yamal, o jogador mais jovem de sempre a participar num Euro, tem sido um destaque do torneio, ajudando a Espanha a conquistar quatro vitórias consecutivas com a sua velocidade e jogo criativo pelas alas.

Os alemães terão de encontrar formas de conter a velocidade e as capacidades do jovem, disse Nagelsmann numa conferência de imprensa, mas disse que estava mais concentrado no seu próprio avançado criativo Musiala.

"O meu foco está menos em Yamal e mais em Jamal. No ataque, podemos fazer muitas coisas sozinhos", disse Nagelsmann. Musiala, melhor marcador conjunto do torneio, já marcou três golos até agora.

"Ele (Yamal) é um grande talento. Tem sido muito consistente este ano e não há muitos que sejam tão consistentes, inclusive no seu clube, o Barcelona. Tem apenas 16 anos, o que também significa que os nossos jogadores têm a possibilidade de o segurar. Veremos como ele reage quando as coisas ficam difíceis".

Nagelsmann disse que, embora a Espanha estivesse repleta de talento e afastada do estilo "tiki-taka" dos anos anteriores, era a sua equipa que precisava de ter a posse de bola para controlar o jogo.

"Temos uma orientação defensiva com diferentes variações, mas temos a exigência de ter a bola. É mais confortável jogar quando se tem a posse de bola. A Espanha pressiona alto para forçar transições rápidas e também para ganhar a bola no alto do campo. Essa é uma qualidade que eles adquiriram e já não é só o tiki-taka", disse Nagelsmann.

O seleccioandor da Alemanha também não quis revelar planos para a ala esquerda quanto à possível titularidade de Leroy Sane ou Florian Wirtz na sexta-feira. Sane estreou-se no onze inicial na vitória por 2-0 sobre a Dinamarca nos oitavos de final.

"Posso responder, mas não quero. Ainda temos alguns pontos de interrogação, ainda queremos conversar na última noite. Se tivermos de decidir entre Flo e Leroy, a escolha não é assim tão má", disse ele quando questionado sobre quem seria o titular. 

Os alemães, que não vencem a Espanha num torneio desde 1988, procuram o seu primeiro título numa década após uma série de torneios dececionantes. A série sem vitórias com os espanhóis também inclui uma demolição de 6-0 na Liga das Nações de 2020.

"Não participei nesses jogos. Nunca direi no balneário que isto é uma vingança por um jogo da Liga das Nações. Eu não estava lá, nem alguns dos jogadores. É irrelevante para amanhã", disse Nagelsmann, que assumiu o cargo no final do ano passado.