Euro-2024: Três questões que Southgate tem de resolver antes da estreia de Inglaterra
Siga as principais incidências da partida
Os preparativos dos Três Leões foram um pouco abalados - derrotados no último particular contra a Islândia, com uma exibição monótona e sem brilho.
Os jogadores foram assobiados no relvado de Wembley, embora Gareth Southgate tenha considerado que o jogo proporcionou uma "concentração muito boa antes do torneio".
Com o clima um pouco instável, o Flashscore analisa três áreas de preocupação que Southgate deve tentar corrigir antes da partida de domingo em Gelsenkirchen.
Linha defensiva
Parecia ser um problema potencial no papel, mas os jogos de preparação de Inglaterra mostraram que a defesa não é constante.
Marc Guehi, que provavelmente será titular ao lado de John Stones no centro da defesa, pareceu um pouco fora de sintonia nos particulares, apesar das boas atuações pelo Crystal Palace.
É provável que isso se deva ao facto de o jogador de 23 anos não ter experiência a nível internacional em comparação com Harry Maguire, mas espera-se que ganhe confiança à medida que for jogando.
A qualidade de John Stones é mais do que evidente, embora haja sempre a preocupação de que possa ressentir-se de uma lesão, como foi o caso ao intervalo contra a Islândia.
Depois, há a fraqueza óbvia na lateral esquerda, com Luke Shaw ainda sem estar em plena forma e sem jogar desde fevereiro.
Kieran Trippier não brilhou durante os dois amigáveis e a sua perna direita atrapalhou a seleção de Inglaterra quando jogou pelo lado esquerdo.
Quem será o parceiro de Rice?
A Islândia também deu a Southgate uma dor de cabeça em relação a quem deveria fazer dupla com Declan Rice no meio-campo, e a combinação com Kobbie Mainoo foi algo que não funcionou.
A falta de química foi um dado adquirido e ficou evidente no golo da Islândia - Rice exagerou ao progredir com bola e deixou um grande espaço para Mainoo tentar defender no contra-ataque.
Foi um pequeno lapso que foi rapidamente castigado e é algo que pode muito facilmente acontecer no Euro-2024, com a qualidade dos adversários a aumentar.
Southgate precisa de encontrar uma dupla de meio-campo equilibrada e a experiência entre Rice e Mainoo terá mostrado que ambos são demasiado parecidos naquilo que os ingleses pretendem.
Rice poderia, por isso, fazer dupla com Trent Alexander-Arnold ou Adam Wharton, ambos mais do que capazes de fazer passes progressivos que, por sua vez, permitiriam ao jogador do Arsenal proteger um pouco mais a defesa.
Até se pode optar por um meio-campo a três, com Jude Bellingham - apesar das suas excelentes exibições ofensivas no Real Madrid - a recuar um pouco, dada a sua versatilidade.
O enigma de Foden
Phil Foden pode ser o Jogador do Ano da Premier League, mas há um ponto de interrogação sobre a sua eficácia na seleção inglesa.
Foden foi escalado como titular contra a Islândia e, apesar de um início promissor, o desempenho foi um pouco abaixo do esperado e os níveis de confiança caíram.
O que Southgate tem é um dilema posicional em relação a Foden. No fundo, um luxo e uma dor de cabeça para o selecionador inglês.
Alguns dos seus melhores trabalhos pelo Manchester City foram realizados na direita, que foi ocupada por Cole Palmer contra a Islândia, enquanto Bukayo Saka terá essa posição na Alemanha.
As excelentes exibições de Bellingham atrás do atacante no Real Madrid dificultam o seu deslocamento, o que deixa o lado esquerdo como uma opção possível.
A função é um pouco diferente e não exige que Foden corte para dentro, mas a sua habilidade com a bola pode representar um tipo diferente de ameaça perto da linha lateral.
Quando começou o estágio inglês, Foden impressionou os próprios companheiros de equipa.
"Toda a gente tem falado dele: 'Viram o Phil no treino?' Ele é assim tão bom. Ele é muito, muito especial", disse Declan Rice.
Por isso, é do interesse de Inglaterra e de Southgate garantir que extrai o melhor do avançado.