Fazer história e a festa: Portugal bate Islândia e consolida melhor qualificação de sempre
Recorde aqui as incidências do encontro
A estreia a titular de João Mário pela seleção portuguesa foi acompanhada pelo regresso já anunciado de Diogo Costa à baliza, mas também de Rúben Dias, Gonçalo Inácio, Otávio e Palhinha ao onze. O objetivo de Martínez era apenas um: vencer e consolidar aumentar a melhor fase de qualificação de sempre da seleção portuguesa, com 10 vitórias em 10 jogos, o que seria um recorde de triunfos consecutivos na história lusa.
Pela frente, uma Islândia já afastada das contas do apuramento, com 10 pontos no quarto lugar, e bem longe daquela geração que fez sonhar o país de 300.000 habitantes e empatou com Portugal na jornada inaugural do Euro-2016.
Crónica de um assalto anunciado
Começou cedo o assédio luso à baliza adversária: Portugal instalou-se no último terço logo nos primeiros segundos e ameaçou com remates de Ronaldo e Félix. Respirava-se confiança no relvado: aos sete minutos, um duplo truque de magia de Félix (toque de calcanhar e túnel ao adversário) abriu o caminho a uma bela jogada coletiva, em que Otávio ficou perto do golo do ano num chapéu que bateu na trave. Que jogatana a abrir o apetite.
As facilidades deram azo a alguma passividade, Cancelo inventou no ataque e a Islândia ameaçou no contra-ataque. Numa jogada bem construída pelo lado esquerdo, o remate em arco de Arnor Sigurdsson deixou Diogo Costa colado ao relvado e saiu perto do poste. A resposta veio de imediato, com Bernardo Silva a cruzar ao segundo poste onde Félix desviou para defesa de Valdimarsson para canto, no qual voltou a mostrar serviço ao segurar o cabeceamento de Ronaldo.
Recordar os bons velhos tempos em Alvalade
O melhor jogador português desta fase de qualificação começou a abrir o livro: primeiro com um cruzamento soberbo que Gonçalo Inácio cabeceou ao lado e, já numa altura em que pairava o empate ao intervalo, Bruno Fernandes não hesitou quando teve espaço para armar o remate: servido por Bernardo Silva, disparou um remate cruzado que encaixou onde a malha encontra o poste. O médio do Manchester United elevou a sua contribuição para seis golos e oito assistências neste apuramento.
Até ao descanso, a equipa das quinas continuou a carregar junto da baliza adversária e a somar oportunidades, até Rúben Dias conseguiu chegar à área numa jogada em que rematou de ângulo apertado para boa intervenção de Silvarsson.
Banco a funcionar
No regresso dos balneários, Age Hareide retirou Finnbogason e lançou Oskarsson. A toada manteve-se, com Portugal a tentar de todas as formas e feitios dilatar a vantagem, até com uma trivela de Bruno Fernandes que saiu ao lado. Envolvido na luta pelos melhores marcadores desta fase de qualificação, o capitão e eterno Cristiano Ronaldo procurava o golo e encontrava a oposição de Valdimarsson. O póker de Lukaku ao início da tarde deixou o belga com quatro golos de vantagem.
As parcas tentativas islandesas eram tranquilamente travadas por Diogo Costa, Bernardo Silva ficou a centímetros do 2-0, e numa altura em que o facilitismo se começava a instalar, Roberto Martínez lançou Ricardo Horta e Raphael Guerreiro para os lugares do mágico do City e de João Mário. Ideias certas, resultados instantâneos.
Menos de cinco minutos volvidos e, numa jogada começada por Guerreiro à esquerda, Félix visou a baliza, Vilmarsson não agarrou à primeira e ainda defendeu a recarga de Ronaldo, mas, logo ali ao lado, estava Ricardo Horta que encostou para apontar o seu segundo golo pela Seleção.
Quer-se (sempre) mais
O público de Alvalade pedia mais um golo e Ronaldo procurava-o a todo o custo. Já com Vitinha em campo (no lugar de Otávio), o capitão tentou marcar um canto rápido e cometeu uma gaffe ao entregar a bola a um adversário que arrancou sem ninguém à frente, mas a recuperação de seis elementos portugueses travaram as suas intenções.
As ameaças vinham de todas as formas e feitios, pelo ar, de longe, pela esquerda e pela direita, mas não havia forma de continuar somar. João Neves e Bruma entraram para o lugar da dupla do Barcelona (Félix e Cancelo), numa altura em que Martínez testou uma linha de três defesas: Rúben Dias, Palhinha e Inácio no eixo, Horta à direita e Guerreiro à esquerda.
Mas, até ao apito final, o marcador não se alterou e valeu Diogo Costa e o ferro a evitar um dissabor final. Depois de um grande trabalho do avançado islandês dentro de área, o guarda-redes manteve a posição e defendeu com os pés a primeira tentativa e, na recarga, o remate de Traustasson desviou em Guerreiro e bateu no poste.
Homem do jogo Flashscore: Bruno Fernandes (Portugal).