Grupo A: Espanha vinga-se da Escócia (2-0), Aursnes marca na goleada da Noruega (0-4)
Espanha 2-0 Escócia
A Espanha começou bem a partida, com um remate de Ferran no um-contra-um com tudo a seu favor. Teria sido a oportunidade perfeita, logo no primeiro minuto, para impedir que os escoceses montassem a sua muralha e escondessem a chave. Porque foi o que fizeram em Glasgow, mas de forma ainda mais flagrante. O ponto era suficiente para lhes garantir o bilhete para o Campeonato da Europa.
Por isso, tinham de ser pacientes, de movimentar a bola de um lado para o outro. Mas, para despistar os adversários, para abrir brechas no 1x5x5x0 descarado, era preciso velocidade na circulação. E se Carvajal não tivesse o seu dia nos cruzamentos, os interiores e os laterais, Gavi, Ferran e Oyarzabal, precisavam de avançar. No entanto, os seus dribles e fintas causavam fobia, facilitando o trabalho dos homens de Steve Clarke.
Só uma vez é que Gavi e Oyarzabal conseguiram ligar. O remate do criativo da Real Sociedad foi desviado para Mikel Merino, que rematou, como não podia deixar de ser... para o poste.
Depois, houve um golo anulado a Morata, num claro fora de jogo. E nada mais. Exceto uma lesão de Robertson, em que Unai Simón caiu por cima. Por uma vez que foram para a frente, o lateral do Liverpool acabou por sofrer uma contusão no ombro e teve de ser substituído.
A revolução de Bryan... e Jesús Navas
De la Fuente detectou, e não é preciso ser um lince, que havia falta de ousadia. E Bryan tinha-a de sobra. O seu cartão de visita foi um drible pela esquerda e um remate que saiu ao lado. Já tinha feito mais do que Ferran, por exemplo. E os seus companheiros de equipa foram contagiados pela sua eletricidade. Mas o efeito diluiu-se e nem a sua estreia, nem a de Fran García, nem a de Sancet permitiram que a muralha fosse transposta.
Na verdade, foi McTominay quem deu mais voz aos 4.000 escoceses nas bancadas, marcando um belo golo de falta quase sem ângulo. Felizmente para a Espanha, um pequeno toque de Hendry em Unai Simon no caminho da bola permitiu que o árbitro, depois de consultar o VAR, anulasse o golo.
A Espanha respirou de alívio assim que Jesus Navas entrou em campo. E o sevilhano não desiludiu. Num dos seus primeiros cruzamentos, ligou a Morata, que cabeceou na posição certa para derrubar a muralha escocesa.
A Escócia esticou-se, já sem nada para proteger, e Unai Simón apanhou um susto com a entrada de Armstrong e Adams. Os britânicos criavam pouco perigo com tão pouco. Claro que a sua melhor arma, a defesa, caiu por terra quando Hickey escorregou e Joselu aproveitou para roubar e cruzar para Sancet. O estreante, a meias com Porteus, marcou o golo da tranquilidade, que igualou a média.
Chipre 0-4 Noruega
No outro encontro do grupo, a Noruega estava obrigada a vencer para manter vivas as esperanças de qualificação direta para o Campeonato da Europa e não desiludiu. Os noruegueses venceram de forma confortável em Larnaca, Chipre.
Alexander Sorloth abriu o marcador aos 33 minutos com um remate sublime junto à entrada da área cipriota, que premiava o domínio claro da seleção visitante na partida.
Já na etapa complementar, Erling Haaland abriu o livro e bisou em sete minutos (65 e 72 minutos), sempre com um sentido de oportunista apuradíssimo e as contas foram fechadas por um nome bem conhecido do futebol português.
Fredrik Aursnes (Benfica) aproveitou uma desorientação da linha defensiva cipriota para anotar o 0-4, aos 81 minutos.