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Jogo contra Espanha será especial para Ødegaard: "Passei por muita coisa no Real Madrid"

Svend Bertil Frandsen
Ødegaard chegou ao Real Madrid com apenas 16 anos
Ødegaard chegou ao Real Madrid com apenas 16 anosProfimedia
Muitos especialistas em futebol devem considerar a estadia de Martin Ødegaard no Real Madrid como um fracasso. Mas ele próprio não vê as coisas dessa forma, como assumiu à VG norueguesa, antes do jogo vital de qualificação para o Campeonato Europeu, entre Noruega e Espanha, este domingo à noite.

Já passaram quase oito anos desde que o médio de Drammen, então com 16 anos, assinou contrato com o Real Madrid. As expectativas eram elevadas quando, alguns meses mais tarde, Ødegaard tornou-se o jogador mais jovem de sempre do Real Madrid a jogar na LaLiga, ao substituir Cristiano Ronaldo aos 58 minutos do segundo tempo contra o Getafe.

Mas Ødegaard nunca foi um grande sucesso no Santiago Bernabéu. Depois de ter sido emprestado ao Vitesse, ao Heerenveen e à Real Sociedad, com pouco sucesso, e de ter disputado apenas oito jogos no Real Madrid, foi comprado pelo Arsenal em agosto de 2021, num negócio que rondou os 40 milhões de euros, o que fez dele o jogador norueguês mais caro de sempre.

Mas Ødegaard não vê a sua passagem pelo Real Madrid como um fracasso.

"Muitas pessoas podem pensar que foi um revés ou que falhei, mas vivi muitas coisas boas. Tornei-me mais forte e um melhor jogador e pessoa. Passei por muita coisa e isso tornou-me mais forte", diz Ødegaard.

"Tenho muito bons laços com Espanha. Em muitos aspetos, sinto que foi lá que cresci como futebolista e como pessoa", acrescentou o agora capitão do Arsenal.

Em Inglaterra, Ødegaard tem vindo a desenvolver-se. Na época passada, fez parte da equipa do ano da Premier League, depois de um ano fabuloso pelos gunners. Foi também nomeado para a Bola de Ouro.

"No final, foi a decisão certa para mim deixar o Real Madrid. Queria jogar mais e senti que era a altura certa. Não tenho nada de negativo a dizer sobre o Real Madrid. Fez-me crescer como jogador e como pessoa. É uma das razões pelas quais estou onde estou hoje", afirmou, concluindo: "Não sinto que tenha de retribuir o favor".

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