Depois de ter terminado em terceiro lugar no Campeonato do Mundo de 2018, na Rússia, a Bélgica não conseguiu corresponder às expectativas no Catar, com uma equipa envelhecida, e a reforma de Eden Hazard acompanhou a saída do selecionador Roberto Martinez, agora no comando técnico de Portugal, a que se seguiram muitos outros nos meses seguintes.

De Bruyne disse na altura que a Bélgica estava "demasiado velha" e o novo selecionador, Domenico Tedesco, de apenas 38 anos, está a liderar uma reformulação da equipa, embora continue a contar com um núcleo mais reduzido de jogadores mais velhos.

A Bélgica passou invicta pelo Grupo F, com Lukaku a marcar 14 golos, estabelecendo um novo recorde de qualificação para o Campeonato da Europa e levando-o a 83 golos a nível internacional, apenas atrás do grande húngaro Ferenc Puskas (84).

Sob o comando de Tedesco, a Bélgica está invicta há 13 jogos, mas poucos deles foram contra os pesos pesados da Europa.

A sua recompensa foi uma renovação do contrato por dois anos, em março, até ao Campeonato do Mundo de 2026, mas o torneio deste verão dará uma melhor indicação da força de uma nação que ocupou ininterruptamente o primeiro lugar do ranking da FIFA, entre 2018 e 2022, mas que não conseguiu atingir o seu objetivo no maior palco.

Jan Vertonghen, de 37 anos, recordista de jogos pela Bélgica, com 154, proporciona uma experiência inestimável na defesa, mas Thibaut Courtois está ausente depois de ter perdido grande parte da época pelo Real Madrid.

O guarda-redes de 32 anos rompeu o ligamento cruzado do joelho esquerdo em agosto do ano passado passado e depois sofreu uma lesão no menisco em março.

Courtois "não está pronto"

Apesar de ter regressado recentemente à ação, e de ter sido titular na vitória sobre o Borussia Dortmund na final da Liga dos Campeões, Courtois já se tinha excluído do Euro-2024 em dezembro.

A relação com Tedesco era muito difícil, desde que foi preterido como capitão no ano passado, após a lesão de De Bruyne.

"Ele foi muito honesto comigo", disse Tedesco.

"Ele conhece o seu corpo. Uma coisa é jogar três ou quatro jogos, outra é jogar o Euro. Ele não está pronto para o Euro, e temos de jogar com aqueles que são capazes de o fazer", acrescentou o selecionador.

Matz Sels, que fez uma transferência de inverno para o Nottingham Forest, parece provável que seja o substituto de Courtois e Wout Faes, do Leicester, formou uma sólida dupla com Vertonghen no centro da defesa durante a qualificação.

O versátil Axel Witsel, de 35 anos, foi retirado da reforma internacional, mas Toby Alderweireld já não faz parte da equipa.

Youri Tielemans, Amadou Onana e Orel Mangala estão entre as opções para o meio-campo de uma equipa que espera que De Bruyne chegue à Alemanha em plena forma.

O jogador do Manchester City marcou o seu 100.º golo na vitória de quarta-feira por 2-0 sobre Montenegro, a sua primeira aparição pela Bélgica desde março de 2023.

De Bruyne ficou de fora de todos os jogos de qualificação para o Euro-2024, exceto um, devido a um problema no tendão que lhe custou a primeira metade da época.

Desde o seu regresso, De Bruyne tem estado tão bem como sempre e vai voltar a desempenhar o papel de criador de jogadas da Bélgica no seu sexto grande torneio.

Com a ausência de Hazard e Dries Mertens, bem como de Michy Batshuayi, Lois Openda, Charles De Ketelaere e Jeremy Doku devem assumir mais responsabilidades no ataque.

Leandro Trossard está a realizar uma boa primeira época completa no Arsenal e a presença de Johan Bakayoko, de 21 anos, do PSV, oferece à Bélgica mais uma opção jovem no ataque.