Martínez confirma Diogo Costa, Ronaldo, a possibilidade Conceição e Félix: "Não há fricção"
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Diogo Costa titular, que mais pode revelar?: "Respeito pelo jogo, preparámos para ganhar, a integridade do torneio é essencial, é um jogo importante, o resultado dirá quem será apurado. Geórgia está a fazer um torneio muito interessante, esteve perto de ganhar à República Checa, quase ganharam no último segundo e foram muito competitivos contra a Turquia. No onze inicial, o importante é continuar a crescer. Não gosto de dizer a palavra revolução, porque todos os eque aqui estão têm papéis importantes e o onze de amanhã estará cheio de jogadores importantes. O Diogo vai estar na baliza porque não gosto de rotações na baliza, os guarda-redes são uma equipa dentro da equipa, dois jogos num torneio é muito pouco, precisamos que o Diogo crie relações com as diferentes linhas defensivas, situações de bola parada. Acredito que o José Sá e o Patrício estão preparados, ganhámos jogos na qualificação com eles, mas não preciso de rodar na baliza. Há jogadores que já mostraram o que podem fazer na seleção, não é uma revolução. Vai haver uma equipa capaz de ganhar".
Amarelo de Francisco Conceição condiciona titularidade?: "Não condiciona, é uma boa observação, mas é um amarelo normal, eu teria a mesma emoção que ele a marcar no último segundo. Não faz parte do que o Chico faz no terreno do jogo, é agressivo e vertical no relvado, mas isso não é um problema, o Francisco tem muitas probabilidades de jogar amanhã".
Falta de minutos de jogadores como Félix pode criar alguma fricção?: "Não há fricção. A seleção é o momento mais importante da carreira de um jogador, todos querem jogar e têm consciência que são muito importantes. Se como nação queremos ganhar, todos têm de ajudar, no relvado, fora, no treino, onde o nível está a ser incrível e os nossos desempenhos são prova disso. O João Félix quer jogar e está preparado. Eu avalio tudo, a atitude, o trabalho, o compromisso e posso dizer que todos os 26 estão no mesmo nível".
Titularidade de Ronaldo: "Posso dizer que o capitão vai estar no onze inicial porque é importante. Chegou e fez um jogo de preparação, veio de uma época muito consistente, muitos jogos e precisa de continuar com o ritmo competitivo, não é bom parar e reativar em seis dias. O capitão e o Diogo Costa estão no onze inicial".
Como Ronaldo tem lidado com as invasões de campo? "É um jogador muito experiente, conhece muito bem o apoio dos adeptos, não só portugueses, mas do futebol. Espero que não haja invasões, não é bom, é perigoso e não é bom para a imagem do futebol. Não é uma parte do jogo que queremos ver".
Cuidado com a gestão de Pepe: "Todos têm gestão individual e a idade não faz parte agora, é um torneio curto. O que faz parte são as lesões, minutos, o que foi a época. Temos muita informação agora, estamos há muitos dias juntos, por isso a informação é muito boa. Não faz sentido olhar para a idade neste torneio tão curto".
Condição de Nuno Mendes, Gonçalo Ramos e Diogo Jota: "Estão aptos para o jogo. Mas acho que não podem jogar 90 minutos, só fizeram um treino com a equipa, mas medicamente estão aptos".
Rotação com a Bélgica correu bem em 2021, vai repetir?: "Coincidência... A experiência é importante, tive essa situação em 2020 e 2018 e isso é importante gerir no balneário porque todos os jogadores são diferentes, mas todos têm competitividade. A estratégia que temos de ter no balneário é grande, a gestão é diferente e individual, mas a minha experiência mostra que é importante manter o guarda-redes e crescer como equipa. O foco é ganhar, não é fazer com que todos joguem ou gerir egos, é ter uma equipa competitiva e ver quem quer estar no onze do próximo jogo".
Félix no onze: "Depois vão pedir os laterais e fazemos o onze inicial (risos)...Não posso dizer mais jogadores porque ainda não falei com eles. Do Félix posso dizer que é de nível mundial, tem uma qualidade para o jogo interior que é superlativa. Gostaria que o Félix, Danilo, Matheus Nunes, que ainda não jogaram, quantro entrarem, mostrarem que têm o apoio do balneário para ter um bom desempenho. Como seleção, a parte psicológica é muito importante, acredito em todos, mas só podem começar 11".
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Incerteza de não saber o adversário dos oitavos: "Faz parte, o foco é o jogo de amanhã (quarta-feira). O único foco é tentar ganhar os três jogos e crescer como equipa. A atitude e compromisso foram exemplares e é continuar. O adversário dos oitavos não é importante para nós agora, será no dia 1 de julho. O foco é a Geórgia, surpreendeu-me, chegar a um Europeu não é fácil, mostraram capacidade defensiva, bloco baixo com capacidade para o contra-ataque e tem jogadores fantásticos".
É um dos únicos selecionadores com uma equipa cheia de jogadores da Liga dos Campeões. Prefere o sistema ou o talento?: "Cada treinador é diferente. Ao longo da minha carreira encontrei treinadores que queriam o sistema e depois encaixavam os jogadores. A minha preferênica é ter uma equipa balançada e deixar que o talento individual dite como jogar. Quando olho para os jogadores que temos, a equipa técnica que temos, gostamos de ter a bola, temos uma equipa capaz de criar chances, de defender rápido. Para nós tem a ver com flexibilidade tática, gosto de privilegiar isso".
Quais são os favoritos à conquista do Europeu e como se sente por treinar Portugal? "Sou o selecionador português, não posso sonhar, tenho de trabalhar todos os dias. A geração que temos é maravilhosa. O nosso objetivo é claro, fazer com que os sonhos dos nossos adeptos se tornem reais. A minha experiência diz-me que não há favoritos, há mais do que 10 vencedores em Europeus. Há candidatos, mas favoritos... Sinto que Portugal está nesse grupo, a Itália também. São uma seleção muito competitiva, crescem nos torneios e adaptam-se a cada jogo. Tem tudo a ver com a forma como as equipas vão melhorando, no Europeu. Estou extremamente orgulhoso por treinar Portugal, aprendi muito do que a seleção dá aos emigrantes. Sinto muita responsabilidade e estou muito orgulhoso por comandar esta equipa."
Melhor Vitinha na seleção: "Acho que o Vitinha é um jogador jovem, que teve uma época muito importante na carreira. O que ele fez na Champions mudou a forma de jogar, a personalidade dele em jogos importantes. Vi-o contra o Barcelona, contra o Dortmund e vi-o preparado para a responsabilidade da Seleção. Contra a Finlândia, vi o melhor Vitinha na nossa Seleção."
O Euro-2024 até agora: "Em geral, os jogos são muito competitivos. Há ideia de atacar, ganhar, marcar golos. Gostei muito disso. Vimos golos nos últimos 5/10 minutos dos jogos. O nível físico é muito forte, mas a ideia das equipas é ter intenção no jogo de ataque. Por isso, está a ser um torneio muito forte."
Sobre a Geórgia: "É uma equipa muito boa, surpreenderam pela forma como se apuraram, bateram a Grécia. Com mais sorte, tinham conseguido mais pontos nos últimos jogos."