O bando dos nove: Portugal aplica goleada (9-0) histórica ao Luxemburgo
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Depois da vitória diante da Eslováquia, por 1-0, Roberto Martínez mudou meia equipa mas manteve a tática, voltando a abdicar do 3x4x3 preferencial. Sem Cristiano Ronaldo, castigado, Bernardo Silva envergou a braçadeira de capitão, com Gonçalo Ramos a entrar no lugar do camisola 7.
Depois, João Cancelo, António Silva, João Palhinha e Vitinha deram os lugares a Nélson Semedo, Gonçalo Inácio, Danilo Pereira e Diogo Jota, respetivamente.
Gonçalo inédito, Gonçalo de sempre
Portugal entrou ao ataque, a dominar o jogo e, depois de duas iniciativas de Rafael Leão, pela esquerda, foi Bruno Fernandes, de canto, a servir Gonçalo Ramos, aos 10', mas o cabeceamento saiu sem grande perigo.
Dois minutos depois, porém, houve mesmo golo: novamente Bruno Fernandes no cruzamento, desta vez de trivela, para Gonçalo Inácio cabecear para o 1-0, estreando-se a marcar com a camisola da Seleção Nacional.
Aos 18', em mais uma chegada efetiva junto da baliza do Luxemburgo, Portugal capitalizou o erro defensivo adversário. Bruno Fernandes na recuperação de bola, e Bernardo Silva na assistência para Gonçalo Ramos fazer o 2-0.
Apesar da desvantagem, pouco se via do Luxemburgo, a não ser os espaços dados na sua defensiva. E foi assim que Diogo Jota, aos 28 minutos, foi levando a bola até à entrada da área, até rematar por cima da baliza.
O mesmo Diogo Jota, após cruzamento de Nélson Semedo, tentou o 3-0 num pontapé acrobático. Desta vez, ao lado.
E como não há duas sem três, aos 32 minutos, após canto batido por Bruno Fernandes, foi de cabeça que Diogo Jota voltou a criar perigo, com a bola a passar junto ao poste da baliza do Luxemburgo.
Gonçalo & Gonçalo, outra vez
Faltava, no meio da fantasia atacante portuguesa, surgir Rafael Leão. E isso aconteceu aos 34 minutos, com o avançado a acelerar pela esquerda, antes de servir Gonçalo Ramos, que fez o que quis da defesa luxemburguesa, rodou sobre um adversário e rematou para o 3-0 de Portugal - o sexto golo do agora avançado do PSG pela Seleção Nacional.
Dois minutos depois, Diogo Jota, quem mais, sempre em busca do golo, desta vez com um remate à barra da baliza do Luxemburgo.
Aos 44 minutos foi Nélson Semedo, após grande passe de Bernardo Silva, a cruzar sem ninguém aparecer para o desvio, antes de Bruno Fernandes, no flanco contrário, conseguir ganhar na linha de fundo a um adversário mas com o remate, de ângulo muito apertado, a não levar a direção da baliza.
Com quatro minutos de compensação, haveria ainda tempo para uma fotocópia do 1-0: Bruno Fernandes cruzou da direita e Gonçalo Inácio, sem marcação, só teve de direcionar a bola, de cabeça, para também ele, central goleador, bisar na partida no Estádio Algarve.
Finalmente, Jota
Para a segunda parte o Luxemburgo faz três alterações ao intervalo, retirando Rupil, Bohnert e Curci para as entradas de Thill, Gerson e Carlson, acrecentando ainda outro Thill, o Vincent, aos 54 minutos, no lugar do português Mica Pinto. Pelo meio, aos 53 minutos, um livre batido por Bruno Fernandes e Gonçalo Inácio, uma vez mais, a surgir na área para o cabeceamento, desta vez muito desviado.
Depois de mais um remate perigoso, de Danilo, à entrada da área, aos 57 minutos, chegou mesmo a mão cheia, finalmente de Diogo Jota. O passe é, uma vez mais, magistral, da autoria de Bruno Fernandes, a isolar o avançado do Liverpool que, com espaço, conseguiu mesmo assinar o seu nome na lista de marcadores.
À hora de jogo, qual relógio suíço, Roberto Martínez tirou Nélson Semedo, Gonçalo Ramos e Bernardo Silva, lançando João Cancelo, Gonçalo Ramos e Ricardo Horta.
Logo depois, eis que surgiu no jogo... Diogo Costa. Aos 61 minutos, num contra-ataque rápido, Borges Sanches assinou o primeiro remate do Luxemburgo no jogo, obrigando o guarda-redes português a defesa apertada.
Entrar, plantar e Horta a marcar
Sete minutos depois de ter entrado, Ricardo Horta respondeu com... golo. O sexto de Portugal, igualando o resultado obtido no Luxemburgo. Desta feita foi Rúben Dias no lançamento longo para Diogo Jota, que serviu de bandeja Ricardo Horta. O resto foi... fácil: remate forte, colocado, e 6-0 no marcador.
Aos 70 minutos, o segundo remate do Luxemburgo, à entrada da área: Vincent Thill, de pé esquerdo, a atirar por cima da baliza de Diogo Costa.
No minuto seguinte Ricardo Horta teve tudo para bisar mas o remate saiu à figura de Moris, guarda-redes do Luxemburgo, com o avançado do SC Braga a fazer falta sobre um defesa na altura da recarga.
Aos 74 minutos, perante o resultado, face às facilidades, Rafael Leão acelerou mas quis, também ele, entrar na lista de marcadores. Falhou o último drible e o lance perdeu-se sem finalização.
O avançado do AC Milan saiu logo depois, aos 75 minutos, tal como Danilo, para as entradas de Otávio e Rúben Neves.
Mais um a bisar
Gonçalo Ramos bisou, Gonçalo Inácio também e Diogo Jota quis juntar-se à festa aos 77 minutos. O avançado do Liverpool ainda tentou servir João Félix, a bola foi cortada pela defesa do Luxemburgo mas caiu nos pés de Diogo Jota que encheu o pé direito para fazer o 7-0.
A seleção do Luxemburgo ainda voltou a mexer, com Korač no lugar de Chanot, mas com o avolumar do resultado a prioridade era mesmo que o relógio andasse depressa.
Havia tempo para mais
Aos 83 minutos, ocupando uma posição mais adiantada no terreno, depois da entrada de Otávio para o meio-campo, ao lado de Rúben Neves, Bruno Fernandes teve espaço e foi servido, em vez de servir, para assinar o merecido golo, o oitavo de Portugal. Recuperação de Ricardo Horta, passe para o médio do Manchester United e uma goleada cada vez mais volumosa - tão grande que Luc Holtz, selecionador do Luxemburgo, viu a bola a entrar, levantou-se do banco e abandonou o relvado, recolhendo aos balneários.
Luc Holtz, porém, voltou, bem a tempo de ver João Félix, aos 88 minutos, marcar um golaço, vindo da esquerda. O resultado? 9-0.
Homem do jogo Flashscore: Bruno Fernandes (Portugal)