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O que o Suíça-Itália nos deixou: a pior atuação de sempre e um super Donnarumma

Fabio Russomando
Spalletti saiu cabisbaixo
Spalletti saiu cabisbaixoProfimedia
A seleção nacional de Itália está fora do Euro-2024, depois de perder por 2-0 com a Suíça, no final de um jogo feio. A única nota positiva foi a prestação do guarda-redes do PSG.

A Itália está merecidamente fora do Euro-2024. O jogo contra a Suíça foi provavelmente o mais feio de sempre da Itália. O desempenho da Azzurra em Berlim, no mesmo campo onde a Itália tinha ganho o Mundial em 2006, apagou de uma só vez as memórias desse Mundial e do Euro-2020 em Londres.

Spalletti não esteve presente

A desilusão que a Itália viveu contra a Suíça, mas também as do grupo contra a Albânia, Espanha e Croácia, apagaram a memória da equipa que trouxe para casa o troféu em 2021. Spalletti tentou de tudo, mudando seis jogadores em relação ao último jogo, mas o problema provavelmente não estava aí.

As ideias do treinador não entraram na cabeça dos jogadores. Spalletti não causou impacto, não foi capaz de dar à Azzurra aquela força e aquele jogo necessário para o qual foi chamado a liderar a seleção nacional e que tornou o Nápoles grande. Demasiado pouco tempo à sua disposição? Provavelmente, mas é esse o papel de um treinador, fazer a diferença no tempo de que dispõe.

A rede de passes de Itália frente à Suíça
A rede de passes de Itália frente à SuíçaAFP, Opta by Stats Perform

Mesmo contra a Suíça, uma equipa com um jogo linear, a Azzurra parecia assustada e perdida. Na primeira parte, nunca rematou à baliza de Sommer, como contra a Espanha. Mas teria sido um milagre, pois não conseguiram fazer três passes seguidos, elevar o centro de gravidade e pressionar os jogadores adversários.

Mas o que deixou o sabor mais amargo na boca foi a atitude da equipa, sem reação, sem coragem.

Donnarumma

Se houve uma nota positiva neste Euro-2024, foi Gigio Donnarumma. Salvou a Itália contra a Albânia, atuou contra a Espanha e fez milagres também contra a Croácia. Mesmo contra a Suíça, manteve a Itália de pé na primeira parte, com uma grande defesa a Embolo no 0-0, e depois do 1-0 tocou na bola num livre, desviando-a para o poste.

Zangou-se com os companheiros, tentou agitar a equipa e, no final, encolheu os ombros desconsoladamente. Nos dois golos sofridos, foi impotente, no remate de Freuler e no remate em arco de Vargas, sem poder fazer nada. O guarda-redes do PSG jogou o seu Europeu e muito bem, pena que não tenha tido companheiros do mesmo nível.

Di Lorenzo, uma memória distante

Toda a Itália desiludiu contra a Suíça e ao longo deste Europeu. De todos, porém, o que mais desiludiu foi Di Lorenzo.

O capitão do Nápoles é apenas uma lembrança distante do jogador completo que levou o clube à vitória no Scudetto. O lateral foi o ponto nevrálgico deste Europeu. Anulado pelos espanhóis, em apuros mesmo contra a Croácia, foi também decisivo num sentido negativo contra a Suíça.

Esperava-se algo mais dele, precisamente devido à sua experiência vitoriosa com Spalletti no Nápoles. Em vez disso, o número 2 da seleção falhou em quase todos os quatro jogos disputados. Parecia fisicamente cansado, sem reação e com dificuldades na mudança de ritmo. Estava irritado quando se tratava de marcar ou de se aproximar de um adversário.

Mesmo com a Suíça, os dois golos saíram do seu lado, chegando sempre tarde ao adversário. Depois dos sucessos do Euro-2020, o que acaba de terminar é certamente uma experiência a aproveitar para o futuro.