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Opinião: O futebol está mais nivelado ou existem demasiado jogos?

David Olivares
Maignan e Diogo Costa em frente a Oliver Taylor, antes do desempate por grandes penalidades no jogo entre Portugal e França
Maignan e Diogo Costa em frente a Oliver Taylor, antes do desempate por grandes penalidades no jogo entre Portugal e FrançaProfimedia
"A sobrecarga de jogos, especialmente a nível de clubes, é uma realidade. A UEFA, a FIFA e as federações de cada país devem ter em conta que um jogador não pode disputar 60 jogos por ano", afirmou Dani Carvajal na véspera do jogo entre Espanha e Alemanha, a contar para o Europeu.

A verdade é que as épocas são cada vez mais longas. No próximo ano, haverá mais dois jogos na fase principal da Liga dos Campeões e um Campeonato do Mundo de Clubes no final da época, que pode ser prolongado por 30 dias.

"No próximo ano há uma Supertaça fora de Espanha, um Mundial de Clubes que nos leva a estar fora de casa mais um mês inteiro, uma Liga dos Campeões com pelo menos mais dois jogos e, se não conseguirmos ficar entre os oito primeiros, há mais quatro, pelo que é um calendário inviável. É impossível para os jogadores manterem o nível durante um ano inteiro, jogando de três em três dias", acrescentou o lateral-direito do Real Madrid e da seleção espanhola.

Para além de tudo isto, o futebol tornou-se muito mais igualitário. Especialmente ao nível das selecções nacionais, onde países como a Eslováquia, a Eslovénia e a Albânia, que antes eram incapazes de competir com as grandes equipas, agora tornam as coisas mais difíceis para elas.

Não se trata apenas das Cinderelas. A igualdade entre as grandes equipas é total. Um exemplo claro disso são os quartos de final do Campeonato da Europa e da Copa América.

Na Alemanha 2024, o Espanha-Alemanha terminou os 90 minutos com um empate a 1-1 e só o golo épico de Mikel Merino, aos 119 minutos, impediu que o jogo fosse para os penáltis. O outro jogo de sexta-feira, entre Portugal e França, terminou sem golos e a equipa de Deschamps passou para a marca de grande penalidade.

O mesmo aconteceu nos dois jogos dos quartos de final da Copa América até agora. Tanto o Argentina-Equador como o Venezuela-Canadá terminaram empatados (1-1) e foi a marca dos 11 metros que determinou as equipas que se qualificaram para as meias-finais, Argentina e Canadá.

No Campeonato da Europa, à exceção da Espanha, que pratica um futebol de grande qualidade, a maioria das equipas oferece pouco. Particularmente notável é o fraco jogo de grandes equipas como a França e a Inglaterra, que ainda estão na luta por tudo neste Campeonato da Europa, mas que estão longe do seu melhor. A França marcou apenas três golos, dois dos quais na própria baliza e um de grande penalidade.