Roberto Martínez: "Trincão e Pedro Gonçalves fizeram uma época excecional, mas tiveram azar"
Ausentes do Sporting: "Não foi possível para um jogador entrar na lista do Europeu se não fez parte da seleção nos últimos seis estágios. Temos muitos jogadores, tivemos um apuramento impecável e tivemos decisões difíceis, mas que precisamos de tomar para ter uma equipa equilibrada. Claramente acho que o Trincão e o Pedro Gonçalves fizeram uma época excecional, mas tiveram azar porque o estágio de março era importante para eles Gostaria de dar os parabéns ao Sporting, que fez uma época ótima. A lista não é deixar os jogadores de fora, o foco são os que estão dentros. Tivemos 10 jogos de apuramento, impecáveis, há muita competitividade. A Seleção Nacional são todos, há muitos jogadores do Sporting como o Bruno Fernandes e Palhinha, é um clube importante. A convocatória representa o trabalho dos últimos meses, por isso a mensagem para quem não está na lista é que depois do Europeu há outro processo e podem voltar num futuro muito próximo".
Questões físicas: "É importante ter uma decisão médica. Os nossos jogadores estão aptos, só o Raphael Guerreiro que foi muito importante para nós, tem um perfil especial, mas não está apto. O Pedro Neto jogou no último jogo da época, o Diogo Costa está apto, o Pepe está preparado para o começo do período de preparação. Não há risco".
Pepe: "Temos um balneário interessante porque são de gerações diferentes. Ronaldo e Pepe são de geração diferente de Bernardo, Ruben e do João Neves e António Silva. O papel do Pepe é importante no balneário, a exigência e a forma como representa a seleção. O futebol é uma luta contaste e foi interessante ver o Pepe fazer dois jogos em março e manter a baliza a zero nos jogos em que esteve. A posição e comunicação fazem dele um jogador muito importante para nós. Do Ronaldo o melhor é falar dos dados, um jogador que marca 42 golos em 41 jogos pelo clube, mostra uma capacidade física de estar sempre apto e uma qualidade à frente da baliza que gostamos e precisamos".
Ricardo Horta: "Não gosto de individualizar, mas preciso de falar de um jogador que foi muito difícil deixar fora: o Ricardo Horta. É um exemplo, tecnicamente e taticamente é um sonho para um jogador. Mas foi uma situação de outros jogadores especialistas para o que precisamos para fazer na fase de grupos e foi impossível. Fez de tudo para estar na lista".
Convocatória: "Temos continuidade, o que é importante para trabalhar conceitos. Flexibilidade tática é essencial. Temos jogadores com experiência, outros novos, o momento de forma do Francisco Conceição é importante. Temos opção para jogar com linha de cinco ou de quatro, com dois avançados… A mistura do grupo é perfeita".
Preparação: "É um período muito bom, porque acho que é importante ter três jogos particulares com os adeptos. É essencial para melhorar a parte psicológica do grupo e temos oportunidades de trabalhar aqui e dar um trato individual aos jogadores. O que é importante depois é crescer durante o torneio. O apuramento deu-nos três jogos, o objetivo da equipa é utilizar os três jogos para evoluir juntos. O compromisso, o esforço, a dedicação, dar tudo pela equipa no período de 25 dias para alcançar novos objetivos".
Bem posicionado para vencer: "O selecionador está aqui para realçar o trabalho do jogador, fazer uma equipa melhor e tentar dar tudo para ter vantagem tática no relvado. A FPF é muito profissional, temos tudo para chegar ao nível máximo, então precisamos de usar todos os dias juntos para crescer. Para mim, quando me reformar posso olhar para trás, mas não gosto de falar do meu trabalho agora, sim do que podemos conseguir como equipa. O talento dos jogadores é fácil de medir, gostaria de os fazer transmitir a qualidade e o orgulho que têm em jogar pela Seleção".
Confira a lista de convocados de Portugal
Promessa aos adeptos: "Faz parte da preparação ter um sonho. Eu acho que para nós a Seleção é um sonho. Todos os dias são uma oportunidade para alcançar objetivos, conseguir o que todos os portugueses querem. É partilhar a paixão. A Seleção pode ser tudo o que os adeptos achem que devem ser. Posso prometer isso".
Cognome: "Gostaria de usar o período de preparação para pensar bem e dar uma resposta boa. Sonhadores? Pode ser, mas gostaria de estar mais perto."
Linha de centrais: “É importante ter uma flexibilidade tática. Temos cinco porque precisamos disso. Podemos jogar com uma linha de três, também a podemos formar com jogadores que não são centrais. Foi uma questão de equilíbrio o número de centrais. A Finlândia joga com uma linha de cinco, como a Geórgia, a Turquia e República Checa jogam com quatro por isso temos de ser flexíveis e é isso que procuramos”.
Toti Gomes: “É um jogador de um perfil claro, um central fisicamente muito forte, canhoto. Teve azar que o número de centrais são cinco, porque ele é o sexto na hierarquia. Não é fácil ver jogadores como ele, o Matheus Nunes, Bruma, Ricardo Horta ou Jota Silva, que tiveram um papel e não podem entrar. Fazem parte do futuro”.
Reservas: “Temos 26 jogadores, ainda vão terminar as épocas e temos uma pré-lista para o caso de alguma lesão. São 42 jogadores com diferentes perfis, soluções, tudo depende do que precisamos. Vamos olhar individualmente e até dia 7 de junho podemos alterar”.
Jogadores na Arábia Saudita: “Podemos falar de competições, de patamares, mas o que é importante é o que o jogador individualmente pode aportar. O Rúben Neves teve um período importante na fase de apuramento. Estamos a representar o trabalho de quase 18 meses, porque se fosse a primeira lista seria diferente. São decisões individuais. Não é um problema o nível da competição, é mais uma questão de número de minutos, jogos, momento pessoal e papel dentro da seleção. Para nós, o Otávio, Cristiano e Rúben Neves estão a dar um nível importante”.
Francisco Conceição: “Ainda não falei, mas acho que ele teve uma época, sobretudo de janeiro, em que foi um jogador diferente. Pé esquerdo, vertical, uma boa personalidade para mudar o jogo, um espalha-brasas excecional. Foi muito importante o estágio de março para ele que foi impactante. A segunda parte com a Eslovénia foi decisiva. No futebol, um jogador precisa de estar num momento pronto de forma correta e ele é um bom exemplo, está num momento ótimo e aproveitou a oportunidade”.
Lista alargada: “É importante ter 26 jogadores. Existem cinco substituições, precisamos de trabalhar durante o treino e depois dos jogos o grupo é reduzido. Ter 26 permitem que os jogadores tenham experiências para o futuro. Não o número de minutos, mas o papel. Todos eles são essenciais para ganhar. A nossa responsabilidade é de criar experiências para ganhar jogos também no futuro. Temos muitos jogadores para escolher, é difícil preencher 26 lugares com 34, 35 jogadores de qualidade”.
Levou quatro elementos a mais com a Bélgica: “Todas as convocatórias são diferentes, todos os torneios são diferentes. Temos de ter claros os 26 na lista, depois existe a oportunidade de uma lista stand-by que estão para a apoiar se precisarmos. Lembro-me que no Mundial-2018 ficámos 24 jogadores até ao dia antes porque tínhamos um jogador lesionado. Agora a melhor decisão é ter um grupo de 26, dar um plano individual para ficar preparados. Não precisamos de ninguém mais”.
Novas caras: “Balneários ganhadores têm jogadores que controlam momentos diferentes. Este é o primeiro passo, depois é criar competitividade no treino para permitir aos jogadores ter minutos no relvado. Eu não tenho 11 para o primeiro jogador, trabalhamos diariamente e a meritocracia é importantes. As idades não importam, é o que eles fazem nos treinos. Precisamos de uma equipa forte de 26 jogadores com as cinco substituições”.
Arábia Saudita: “Não fazemos escolhas tendo em conta onde jogam, mas sim para criar a melhor equipa. Acompanhamos o desempenho individual e o papel no balneário. Temos muita informação desde março desde 2023”.
Cristiano Ronaldo: “É o nosso capitão, mas aminha relação é de muita exigência e orgulho porque gosto muito da forma que representa a seleção”.