Serviços mínimos, aproveitamento máximo: Portugal vence Bósnia e reforça liderança (3-0)

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Serviços mínimos, aproveitamento máximo: Portugal vence Bósnia e reforça liderança (3-0)

Atualizado
Roberto Martínez pode conquistar a terceira vitória em três jogos
Roberto Martínez pode conquistar a terceira vitória em três jogosAFP/Opta by Stats Perform
Três jogos, três vitórias, 13 golos marcados e 0 sofridos. Roberto Martínez está a um triunfo de igualar o melhor arranque de sempre ao leme da seleção portuguesa, pertencente a António Oliveira. Na terceira jornada do Grupo J da qualificação para o Euro-2024, Bernardo Silva, aos 44 minutos, e Bruno Fernandes, aos 77 e 90+3, fizeram os tentos que deixam Portugal com 9 pontos e muito confortável na liderança.

Roberto Martínez surpreendeu na senda pela terceira vitória consecutiva em três jogos ao comando da seleção: Pepe ficou no banco - certamente poupado para a Islândia - e foi rendido por António Silva, que se juntou a Rúben Dias e Danilo no eixo. Cristiano Ronaldo também foi titular e está a um jogo das 200 internacionalizações.

Escolhas iniciais e pontuações no final do encontro
Escolhas iniciais e pontuações no final do encontroFlashscore

Do lado da Bósnia-Herzegovina, Faruk Hadzibegic chegou a Portugal com uma vitória e uma derrota na bagagem, sabendo que pontuando na casa do adversário teoricamente mais difícil daria um grande impulso às hipóteses de qualificação e à moral, não só do plantel, mas de todo um país. Dzeko e Pjanic jogaram de início, assim como as jovem promessas Dehic e Barisic e os já estabelecidos Ahmedhodzic e Kolasinac. A ausência de destaque foi o médio Krunic.

Os sustos antes da festa

O início do encontro foi morno, contrastando com o entusiasmo que vinha das bancadas do Estádio da Luz e que ainda sofreu uns calafrios devido ao atrevimento bósnio. Hadziahmetovic tentou surpreender de longe no primeiro sinal claro da objetividade forasteira, antes de Diogo Costa se aplicar para uma grande defesa a um cruzamento traiçoeiro de Barisic.

Félix era o mais inconformado e aquele que tentava desamarrar o jogo mastigado dos portugueses, que trocavam a bola em ritmo baixo à procura de espaços e pressionavam alto sem a mesma. A falta de ideias era notória e até Roberto Martínez abanava a cabeça da linha lateral. A equipa variou, misturou os passes curtos e calculados com passes verticais à procura da profundidade e o resultado foi imediato.

Aos 23 minutos, Cancelo teve espaço no flanco direito e tirou um excelente cruzamento com conta, peso e medida para o cabeceamento certeiro de Cristiano Ronaldo, mas o capitão estava adiantado uns centímetros. Numa rara aparição no ataque, a Bósnia-Herzegovina ficou perto do golo inaugural: Cimirot levantou para a área, Danilo ficou a olhar para a bola e esqueceu-se de Dzeko nas costas. O avançado que nestas ocasiões costuma ser letal, acertou mal na bola e enviou-a por cima da trave. Um suspiro de alívio ecoou por Lisboa.

Portugal não deu parte fraca e manteve o controlo, Félix e Ronaldo combinaram dentro de área para um remate colocado do mais jovem para defesa apertada de Sehic. O domínio seria - finalmente - traduzido em golos à saída para o descanso e na única jogada construída com cabeça, tronco e membros pelos pupilos de Martínez.

Guerreiro avançou pelo flanco esquerdo, encontrou Ronaldo entre os defesas, o capitão deixou para Bruno Fernandes que correspondeu a boa desmarcação de Bernardo Silva com um excelente passe a isolar o campeão europeu que, na cara de Sehic, picou por cima do guarda-redes para marcar o primeiro golo do encontro.

Vantagem mínima à saída para o intervalo e ânimos mais sossegados para ajudar ao ambiente de festa vivido nas bancadas.

Estatísticas ao intervalo
Estatísticas ao intervaloFlashscore

Conservadorismo ou xadrez? 

O recomeçou trouxe uma Bósnia mais atrevida, embora sem grande perigo para a baliza de Diogo Costa que só teve de amarrar um cabeceamento sem perigo de Kolasinac. Se bem que, na outra área, a história era igual, os portugueses iam trocando a bola a seu belprazer e o ânimo arrefeceu ainda mais quando o treinador espanhol tirou Félix e lançou Rúben Neves.

Sombras da era Fernando Santos pairavam sobre a Luz. Portugal estava bem e controlava, a Bósnia não oferecia grandes motivos de alarme, mas 1-0 é sempre perigoso... mais ainda com 60.000 adeptos divididos entre otimismo e nervosismo. E convém falar das bancadas, porque no relvado pouco se passava digno de registo, exceto quando Ronaldo criou espaços para um remate de Bruno Fernandes em zona perigosa, bloqueado pela muralha defensiva.

Vai-se a ver e era mesmo xadrez... 

Depois de 22 minutos inócuos, o recém-entrado Rúben Neves tirou a régua e o esquadro do bolso para armar um cruzamento para o coração da área, onde Ronaldo arrastou dois defesas consigo e abriu espaço para Bruno Fernandes saltar e cabecear sozinho para o 2-0.

Logo a seguir, o médio dos Red Devils fugiu isolado para a baliza e tentou um chapéu que saiu ao lado. Rúben Neves foi mesmo a cartada certa: antes do apito final ainda isolou Ronaldo para marcar o golo da praxe, só que, ao contrário do que seria esperado, o capitão ofereceu o golo a Diogo Jota que, com muita displicência, rematou para uma defesa incrível de Sehic.

Diogo Costa viu e não quis ficar atrás. Depois de um erro infantil da defesa portuguesa, Hamulic surgiu em zona frontal e atirou um míssil à baliza, que só não acabou no fundo das redes graças a uma excelente estirada do guardião portista.

Bruno Fernandes ainda não estava satisfeito e fechou com chave de ouro a prestação lusitana. Aos 90+2 minutos, aproveitou um ressalto à entrada da área para dominar de peito e rematar com efeito ao ângulo da baliza, deixando Sehic pregado ao relvado. Euforia nas bancadas, três pontos na bagagem e, por enquanto, tudo certo com um espanhol ao leme da Caravela portuguesa.

Homem do jogo Flashscore: Bruno Fernandes (Portugal).