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Spalletti apresenta-se como selecionador de Itália e avisa Nápoles: "Não vou recuar"

Antonio Moschella
Spalletti foi apresentado em  Coverciano
Spalletti foi apresentado em Coverciano Profimedia
Enquanto reitera que os seus advogados estão a trabalhar em relação à cláusula imposta pelo Nápoles, o novo treinador da Azzurra quer escrever um novo capítulo com a seleção nacional. Para já, o objetivo é chegar ao Euro-2024.

É como o primeiro dia de escola para Luciano Spalletti. Nomeado selecionador de Itália há poucos dias, o treinador toscano apresentou-se este sábado à imprensa. E recordou que, para ele, a felicidade é a base do seu trabalho.

Uma felicidade que alcançou em Nápoles, conquistando o Scudetto:"Reflicto-me na felicidade dos outros. Não posso ser feliz se não vir as pessoas à minha volta felizes. Nápoles e os napolitanos têm sido a minha felicidade. Quem veste a camisola da seleção nacional tem de ser feliz, pois é através dessa felicidade que poderá dar o seu melhor".

Depois, uma referência à questão da cláusula que ainda o ligaria juridicamente ao clube azzurro:"Fiquei feliz desde o primeiro telefonema que recebi. Nápoles foi uma bela experiência, algo arrebatador. Relativamente à cláusula, não vou recuar. Os advogados estão a trabalhar, espero que possamos chegar a uma solução em breve".

Para o treinador toscano, o recomeço a partir do centro de formação de Coverciano remete-o para grandes emoções sentidas no passado:"Foram dias intensos, que tinham de me dar todos os elementos para poder evoluir bem no meu trabalho e na minha profissão. Passei muito tempo em Coverciano, que é a universidade do futebol. Aprendi muitas coisas que trouxe para o meu trabalho. Estar aqui na minha apresentação como selecionador é uma emoção indescritível, um sonho que começou muito antes".

A ideia de Spalletti é começar de novo, para reavivar e devolver o entusiasmo a uma seleção que vem de dois fracassos sucessivos a nível mundial:"Tinha 11 anos e, no Mundial de 1970, no México, fui pedir à minha mãe que me fizesse uma bandeira de Itália para festejar a vitória no prolongamento (4-3) com a Alemanha (nas meias-finais). Temos de esperar reavivar o sonho dessa bandeira em todas as crianças que vêem a seleção italiana".

Spalletti não tem dúvidas quando questionado sobre qual é a condição básica para conseguir voltar a ser grande: "É preciso sentir o peso desta camisola, porque não é uma camisola qualquer. Temos campeões que demonstraram que pertencem à seleção. Estou a pensar em Buffon, Mazzola, Riva, Rivera, Baresi, Maldini e Baggio".

Por fim, uma palavra sobre os técnicos onde vai buscar inspiração:"Nestes dias, ouvi Marcello Lippi, os seus conselhos são importantes. Estes campeões estão sempre connosco, mesmo aqueles que já não estão entre nós, como Gianluca Vialli. São os nossos espíritos orientadores".