Triunfo molhado é triunfo abençoado: Escócia vence (2-0) Geórgia e lidera Grupo A
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Com a dramática vitória de sábado, diante da Noruega ainda fresca na memória, a Escócia estava cheia de confiança para reforçar a sua posição no topo do Grupo A. E num Hampden Park bastante molhado, foi o Exército Tartan que assumiu a liderança, quando um canto cobrado por John McGinn foi inicialmente afastado, mas o relvado encharcado segurou a bola e fez com que ela não saísse da área, permitindo que Callum McGregor corresse para ela e rematasse para o canto esquerdo para fazer o 1-0, logo aos seis minutos.
Esta seria, porém, a última ação durante mais de 90 minutos, pois o árbitro István Vad decidiu suspender o jogo para permitir que a água parada no relvado pudesse escoar.
A hora e meia que se seguiu foi extremamente frustrante para os adeptos da casa, que estavam ansiosos por um recomeço rápido. O jogo acabou por recomeçar às 21:33 locais, enquanto a maioria dos jogos no continente estava já a terminar.
Lyndon Dykes esteve perto de duplicar a vantagem dos anfitriões pouco depois do recomeço, mas o remate de cabeça foi para fora, antes de Scott McTominay - que tinha marcado dois golos em cada um dos dois últimos jogos de qualificação para o Euro em Hampden Park - ter um remate de dentro da área, afastado por uma excelente defesa de Giorgi Mamardashvili.
A Escócia tinha vencido os dois últimos confrontos em casa com a Geórgia, e deu um grande passo para aumentar esse recorde apenas dois minutos após o recomeço, quando a Geórgia não conseguiu limpar as suas linhas, e o remate de McTominay de fora da área entrou no canto esquerdo para o seu quinto golo na qualificação, aos 47 minutos.
Khvicha Kvaratskhelia pode ser uma das melhores promessas do futebol europeu, mas o pénalti que desperdiçou já nos descontos, aos 90+4 minutos, resumiu uma noite completamente frustrante para a Geórgia, que continua em segundo lugar no grupo e ainda sem uma vitória fora de casa nas eliminatórias europeias contra uma equipa classificada no top-100 da FIFA desde 1995.
Mas a história foi completamente diferente para uma Escócia em êxtase, abençoada pelo dilúvio de Glasgow.