Tudo bom, não fosse Pukki: Portugal vence Finlândia (4-2) no primeiro teste para o Euro
Recorde as incidências da partida
Primeiro teste antes do Campeonato da Europa, em Alvalade, com Roberto Martínez a apresentar um onze ainda longe daquele que se espera que seja o base na Alemanha. O selecionador manteve a aposta na defesa a quatro diante da Finlândia, apresentando como principais novidades as estreias absolutas a titular de Francisco Conceição e João Neves, sendo que na baliza José Sá foi a escolha, somando a segunda internacionalização por Portugal.
Portugal entrou ao ataque e, logo no primeiro minuto, Rafael Leão, em zona central, rematou rasteiro mas ao lado. Aos 8' a Finlândia chegou ao ataque, com uma iniciativa de Kallman, que passou por António Silva, com Ruben Dias a cortar.
Respondeu Portugal aos 10', após Diogo Jota conquistar uma falta que, ele próprio, foi finalizar, depois de Vitinha picar a bola, mas o cabeceamento saiu fraco e fácil para Hradecky.
De bola parada
Aos 17 minutos, após combinação entre Nuno Mendes e Rafael Leão, Portugal ganhou mais um canto que Vitinha, da esquerda, bateu para Rúben Dias, ao segundo poste, cabecear para inaugurar o marcador.
Aos 21', da direita, João Cancelo, após um cruzamento de Diogo Jota da esquerda, que Rafael Leão não chegou, tentou o 2-0 de ângulo apertado, com a bola a sair às malhas laterais.
Aos 33 minutos foi Francisco Conceição, após bela jogada de João Palhinha, da recuperação ao passe, a rematar cruzado mas ao lado da baliza da Finlândia. Aos 37' foi Nuno Mendes, de cabeça, a tentar finalizar, mas a bola saiu prensada e fácil para Hradecky segurar, antes de Francisco Conceição voltar a desequilibrar sobre a esquerda, mas com remate à figura de Hradecky, aos 40'.
Obrigado VAR
O mesmo Francisco Conceição, já dentro do período de compensação, sofreu uma falta junto à área que, após revisão do VAR, valeu mesmo uma grande penalidade. Diogo Jota, aos 45+4 minutos, transformou o castigo máximo no 2-0 para Portugal.
Meia equipa nova e mais magia
Para a segunda parte Roberto Martínez fez, de uma assentada, cinco substituições, lançando Gonçalo Inácio, Diogo Dalot, Bruno Fernandes, Pedro Neto e Gonçalo Ramos, para os lugares de Ruben Dias, Nuno Mendes, João Palhinha, Rafael Leão e Diogo Jota.
Aos 50 minutos, após grande trabalho, João Cancelo, a jogar pela esquerda, derivou para o meio e rematou forte para grande defesa de Hradecky.
Aos 56', porém, surgiu mesmo o 3-0 para Portugal, numa bela jogada coletiva, com Diogo Dalot a cruzar da direita, Francisco Conceição a passar atrasado e Bruno Fernandes, com a braçadeira de capitão, a rematar colocado para colocar o seu nome na lista de marcadores.
Aos 69 minutos o experiente Pukki, um dos elementos lançados na seleção da Finlãndia, conseguiu esticar o jogo do adversário de Portugal mas o cruzamento não encontrou nenhum companheiro.
O bis de Pukki
Depois do aviso, o golo, aos 73 minutos: Pukki surgiu solto pela direita e picou a bola sobre José Sá, perante as facilidades concedidas pela defesa de Portugal.
Logo depois, e apóse uma mão cheia de substituições ao intervalo, Roberto Martínez fez a derradeira aos 74 minutos, lançando Danilo Pereira para o lugar de António Silva.
A verdade é que, perante o jogo adormecido, e com tantas alterações, Pukki deu uma lufada de ar fresco à partida, e à Finlândia, bisando aos 77 minutos, perante a falha de posicionamento de Danilo, e relançando a discussão pelo resultado.
À entrada para os últimos dez minutos, Pedro Neto fugiu pela esquerda, Gonçalo Ramos tocou e Francisco Conceição, ao segundo poste, atirou por cima quando tinha tudo para fazer o 4-2.
O bis de Bruno... e Conceição
Aos 84 minutos Bruno Fernandes rematou por cima, após nova investida de Pedro Neto, mas o 4-2 chegaria mesmo, no minuto seguinte e com uma fotocópia do terceiro golo português: Francisco Conceição a assistir pela direita, Bruno Fernandes a finalizar em zona central. Bis para o capitão, dúvidas desfeitas sobre o vencedor da partida.
Francisco Conceição ainda tinha pulmão para mais: aos 87 minutos rematou para as mãos de Hradecky, aos 88' atirou ao lado, ficando agarrado ao tornozelo esquerdo. Foi apenas o susto, o extremo ainda regressou para os derradeiros minutos de uma partida positiva para a Seleção Nacional, não fosse o eterno Pukki a baralhar as contas de Portugal e de Roberto Martínez.