Uma história de redenção num conto aborrecido: França vence Bélgica
Reveja aqui as principais incidências da partida
Era o jogo de cartaz dos oitavos de final. Se a França é uma candidata crónica, a Bélgica é uma daquelas equipas que tem qualidade para dar um passo em frente. Mas como é habitual, aquilo que mais antecipamos é o que costuma desiludir.
O duelo era entre país que deram ao mundo as aventuras entusiasmantes de Astérix e Obélix e Tintim, mas o enredo que foi escrito em Dusseldorf dificilmente ficará para memória futura. A França dominou, mas não teve ideias para chegar a zonas de finalização (só o cabeceamento de Thuram assustou), enquanto a Bélgica sentia dificuldades em atacar, muito por culpa da forma como Lukaku foi brilhantemente contido pelos defesas gauleses.
E se os primeiros 45 minutos foram pouco encantadores, para dizer o mínimo, o que dizer da etapa complementar? Casteels e Maignan tiveram de se aplicar aos remates de Tchouaméni e Lukaku, respetivamente, mas fora isso tudo parecia caminhar para um prolongamento e, muito provavelmente para os penáltis. Mas ainda havia uma pitada de emoção (nada de exagero).
Uma das figuras da final perdida no Mundial-2022, quando viu Emiliano Martínez negar-lhe um grande golo, Kolo Muani teve a sua história de redenção. Lançado para mexer com o jogo (estranhamente ao invés de Giroud), o avançado do PSG conseguiu libertar-se da marcação e rematar para o fundo das redes, contando com a ajuda de Vertonghen - foi o nono autogolo do torneio. O cronómetro marcava 85 minutos, a vitória estava garantida.
França seguiu para os quartos de final sem brilhar, onde espera agora por Portugal ou Eslovénia. A Bélgica volta a ficar com um sabor amargo de um Europeu em que podia ter feito mais.
Homem do jogo Flashscore: Tchouaméni (França)