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Paris-2024: Brasil travado novamente pelos EUA e fica com a prata no futebol feminino (0-1)

Marta entrou em campo no segundo tempo, mas o Brasil não conseguiu o empate
Marta entrou em campo no segundo tempo, mas o Brasil não conseguiu o empateAFP
O Brasil foi derrotado pelos Estados Unidos por 0-1 este sábado, no Parque dos Príncipes, em Paris, e ficou com a medalha de prata no futebol feminino, a terceira da história da modalidade, todas elas em finais contras as norte-americanas. Mais uma vez, o sonho dourado ficou pelo caminho e nunca esteve tão próximo num jogo com várias oportunidades.

Recorde aqui as incidências do encontro

Com o ouro olímpico, os Estados Unidos confirmaram a sua hegemonia no futebol feminino. Além de ser a seleção com mais títulos mundiais, quatro no total, as norte-americanas chegaram à quinta conquista em Jogos Olímpicos, retomando o ouro que não venciam desde Londres-2012, quando derrotaram o Japão por 2-1. 

Pontuações das jogadoras
Pontuações das jogadorasFlashscore

16 anos depois, o Brasil regressou a uma final contra os Estados Unidos e não conseguiu derrubar o algoz. Uma prata que mediante à campanha apresentada principalmente na fase decisiva, quando superou França e Espanha, poderia ter se transformado em uma medalha de cor. O futebol feminino brasileiro merecia isso.   

A partida marcou a despedida de Marta do cenário olímpico. Seis vezes eleita a melhor jogadora do mundo, entrou no segundo tempo e não teve tantos espaços para fazer a diferença, encerrando a sexta participação em Jogos como a única atleta não norte-americana a ter disputado três finais olímpicas. 

Faltou aquele capricho

Foi um primeiro tempo de muito equilíbrio no Parque dos Príncipes, em Paris, mas com as melhores oportunidades criadas pela seleção brasileira. Com dois minutos de jogo, apareceu cara a cara com a guarda-redes norte-americana Naeher. A brasileira, no entanto, rematou fraco, facilitando a vida da adversária. 

Os Estados Unidos tentavam responder em jogadas de velocidade, principalmente com Sophia Smith e Trinity Rodman, mas a defesa do Brasil posicionou-se bem para conter as jogadas de contra-ataque. 

Aos 15 minutos, Ludmila fez uma grande jogada pelo flanco esquerda, infiltrou na área com um belo drible aNaomi Girma e rematou sem para o golo, que foi anulado por fora de jogo.

Numa outra grande jogada das brasileiras antes do intervalo, novamente pelos flancos, o cruzamento encontrou Gabi Portilha que foi negada por uma grande intervenção de Naeher. 

Estatísticas no final do encontro
Estatísticas no final do encontroFlashscore

O castigo

Depois de um primeiro tempo de muita qualidade, o Brasil não conseguiu manter o mesmo ritmo na etapa final, principalmente no aspeto defensivo. As norte-americanas aceleraram o jogo e começaram a incomodar desde os primeiros minutos. 

Aos 56 minutos, o contra-ataque apanhou a defesa brasileira em maus lençóis. Mallory Swanson partiu em velocidade pela esquerda, invadiu a área e rematou à saída de Lorena, abrindo o marcador no Parque dos Príncipes. Um pecado.

Houve alguma contestação de possível fora de jogo de Smith no lance, já que supostamente teria interferido na jogada. A arbitragem, todavia, confirmou o tento.

A saída de Yaya lesionada deixou o meio de campo brasileiro extremamente exposto, favorecendo o jogo de contra-ataque das norte-americanas. Arthur Elias promoveu alterações, entre as quais a entrada da Rainha Marta, na sua terceira final olímpica na carreira. 

A Seleção esteve muito perto de um golo de Adriana já nos acréscimos, mas a guardiã Naeher fez uma grande intervenção para evitar que o cabeceamento fosse para o fundo das redes.

Não era o dia do Brasil. Mais uma vez. Todavia, o pódio significa muito após 16 anos de ausência das finais olímpicas. Há muito a ser feito, mas o futuro pode ser promissor se houver investimento, trabalho e principalmente planeamento.