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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ainda tem esperança, porém, de ter a camisola 10 na partida. A entidade protocolou esta segunda-feira um pedido junto ao Tribunal Arbitral do Desporto, na Suíça, para que a punição de dois jogos de Marta seja cancelada. A suspensão de uma partida já foi cumprida pela jogadora.
No entanto, o requerimento da CBF tem poucas hipóteses de ser bem-sucedido, visto que a decisão da FIFA tende a ser soberana em torneios olímpicos e Campeonatos do Mundo.
Luta por medalha
A medalha de ouro é uma obsessão para a La Roja, atual campeã mundial. Caso consiga o título nos Jogos, só fica a faltar o Campeonato Europeu à turma orientada por Montse Tomé entre os grandes torneios.
Mas para selar o domínio mundial, as espanholas terão dois desafios: o primeiro, em Marselha, contra o Brasil, adversário que venceu na fase de grupos por 2-0. O segundo, caso vença, a decisão do torneio olímpico, no próximo sábado, em Paris.
Do outro lado da chave, Estados Unidos e Alemanha, que já foram campeões olímpicos, vão decidir quem será o outro finalista, também na terça feira, em Lyon.
Desforra e redenção de Marta
"Vamos por mais. Vamos para essa semifinal de revanche contra a Espanha. Vamos com tudo que a gente vai em busca desse pódio, dessa medalha de ouro", disse a avançado Gabi Portilho, autora do golo da vitória sobre a França por 1-0 nos quartos de final.
Eliminar as anfitriãs, da melhor marcadora da competição, Marie-Antoinette Katoto (5 golos), não só serviu para dar moral à Seleção, mas também garantir o regresso de Marta ao torneio. A camisola 10 foi expulsa justamente contra a Espanha na fase de grupos e recebeu dois jogos de suspensão. Embora a CBF vá recorrer contra a decisão, só deve voltar na final ou na disputa pelo bronze.
Brasileiras e espanholas terão que ficar de olho no que acontece em Lyon, onde haverá outro confronto com clima de desforra . Estados Unidos e Alemanha, campeã olímpica nos Jogos do Rio-2016, voltam a encontrar-se depois da goleada das norte-americanas por 4-1 na segunda jornada do Grupo B.
A única seleção com 100% de triunfos (quatro seguidos), a Team USA parece navegar em águas tranquilas desde a chegada da treinadora britânica Emma Hayes.
Hayes, que chegou com a missão de reestruturar depois da deceção no Mundial de 2023, a ex-treinadora do Chelsea teve como aliadas as atacantes Trinity Rodman e Mallory Swanson, autoras de seis dos dez golos dos Estados Unidos na competição.
Trinity, filha do lendário ex-jogador de basquetebol Dennis Rodman, fez o golo da vitória sobre o Japão por 1-0 nos quartos de final.
Já a Alemanha, de Alexandra Popp e Lea Schüller, chegou à meia-final depois de passar pelo Canadá nas grandes penalidades (4-2, após empate a zero).