Paris-2024: Espanha diz adeus a triplete feminino depois de ser humilhada pelo Brasil (4-2)
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A meia-final não poderia ter começado de forma pior para as campeãs mundiais. Um prenúncio do que estava para vir. Numa tentativa de alívio da guarda-redes Cata Coll, a bola, caprichosa como sempre, bateu em Irene Paredes e entrou na própria baliza. Foi um golpe brutal que inaugurou o marcador ao quinto minuto do jogo.
E apesar de a equipa de Montse Tomé - que deixou Putellas no banco - continuar a tentar, foram as sul-americanas que voltaram a marcar à beira do intervalo. Portilho aproveitou a enésima falha defensiva para adiantar-se a Olga Carmona e fazer o 2-0, aos 45+4 minutos.
No regresso do intervalo, mantinham-se as dificuldades defensivas da La Roja e algum desperdício das canarinhas. La Roja não conseguia encontrar um caminho, Aitana estava perdida e perguntava-se porque é que Putellas ainda não estava em campo. Para além disso, a cada fuga ibérica, como outra defesa de Lorena a um remate de Hermoso, seguiam-se contra-ataques mortíferos, que resultaram no 3-0 marcado por Adriana, em jogada de insistência, aos 72 minutos.
Foi então, com tudo perdido e a 15 minutos do fim, que a treinadora espanhol se lembrou de Putellas. A atuação de Montse Tomé era incompreensível. E mais ainda quando a entrada da estrela do Barça mudou a cara da equipa. De tal forma que, aos 84 minutos, Salma Paralluelo reduziu a desvantagem, com ajuda de Duda Sampaio. E, aos 85 minutos, a própria Alexia Putellas rematou contra a trave.
Era tarde demais, claro, para uma reviravolta. E mais ainda quando outra falha na defesa permitiu o 4-1 de Kerolin, aos 90+1 minutos. O Brasil, ressuscitado na fase de grupos, está na final e vai à procura do ouro olímpico com a lenda Marta em campo.