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Paris-2024: Vem aí a última dança de Marta na saga pelo inédito ouro

Depois de duas pratas, Marta quer o ouro na sua despedida da Seleção
Depois de duas pratas, Marta quer o ouro na sua despedida da SeleçãoLívia Villas Boas / CBF
A seleção brasileira feminina de futebol faz a sua estreia nos Jogos Olímpicos esta quinta-feira, contra a Nigéria, no Stade de Bordeaux. Presente no Grupo C, o conjunto canarinho ainda enfrenta Espanha e Japão, duas seleções campeãs mundiais.

Acompanhe as incidências da partida

Entre os muitos motivos para seguir o torneio, o Flashscore separou algumas principais notas sobre a corrida do Brasil pelo tão sonhado ouro olímpico, num torneio que marca o adeus de uma das maiores lendas do futebol mundial.

1) A última dança de Marta 

Marta vai despedir-se da Seleção nos Jogos Olímpicos de Paris
Marta vai despedir-se da Seleção nos Jogos Olímpicos de ParisLívia Villas Boas / CBF

Esta será a sexta edição de Jogos Olímpicos de Marta e a sua última participação no maior evento do desporto mundial. A camisola 10, seis vezes eleita a melhor jogadora de futebol do planeta, já anunciou que será o adeus à Seleção Brasileira depois dos Jogos.

Em Tóquio, ela tornou-se a primeira atleta a marcar em cinco edições diferentes de Jogos Olímpicos. Na disputa deste ano, com mais um golo, ela pode igualar Cristiane e tornar-se a melhor marcadora da história do futebol feminino olímpico. Hoje, a camisola 10 contabiliza 13 golos no total contra 14 de Cristiane, fora da lista de convocadas pelo técnico Arthur Elias

Marta está em plena forma física após pré-temporada completa e bom início no Orlando Pride
Marta está em plena forma física após pré-temporada completa e bom início no Orlando PrideLívia Villas Boas / CBF

Marta chega a Paris-2024 em boa forma física, conforme apontado pela equipa técnica da seleção. O início de temporada da Rainha pelo Orlando Pride foi em alto nível, sendo titular em 10 dos 13 jogos da equipe norte-americana. Além disso, a camisola 10 foi fundamental nos últimos particulares da canarinha na Data FIFA, com duas goleadas sobre a Jamaica, por 4-0 e três gols. 

2) Para quebrar o ciclo do "quase"

Esta será a oitava participação consecutiva da seleção brasileira feminina de futebol no torneio olímpico. A equipa disputa o certame desde a primeira edição, nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996. Por duas vezes, a modalidade esteve próxima da ouro, mas acabou por falhar a concretização desse objetivo.

Em ambas as ocasiões, a seleção foi derrotada na final pelo mesmo adversário: os Estados Unidos - 2 a 1 e 1 a 0 nos Jogos Olímpicos de Atenas-2004 e Pequim-2008, respetivamente. O conjunto verde e amarelo chegou à fase eliminatória de todos os torneios olímpicos que disputou. 

Jogadoras do Brasil recebem medalha de prata após derrota para os EUA em Pequim-2008
Jogadoras do Brasil recebem medalha de prata após derrota para os EUA em Pequim-2008AFP

Em Tóquio, o Brasil acabou por cair nos quartos de final para o Canadá. Após o nulo no tempo normal, a guarda-redes canadiana Labbé se destacou na marca dos onze metros com duas defesas e deu fim ao sonho olímpico da canarinha. Em Paris, as comandadas por Arthur Elias querem tirar o "quase" da história brasileira e transformar as duas pratas obtidas no tão sonhado ouro olímpico. 

3) Resposta após fracasso no Mundial 

Seleção brasileira não passou a fase de grupos do último Mundial
Seleção brasileira não passou a fase de grupos do último MundialAFP

A seleção brasileira feminina está de coração partido. A participação no último Mundial levantou reflexões sobre o rumo da modalidade. A equipa foi eliminada na fase de grupos da competição, algo que levou a uma profunda reformulação administrativa, inclusive com a demissão da técnica Pia Sundhage e a chegada de Arthur Elias, multicampeão pelo Corinthians

Nove meses depois dessa transformação, é possívelver que esta é uma nova seleção brasileira, porém a equipa ainda não está totalmente amadurecida e enfrenta uma competição do prestígio dos Jogos pode trazer a experiência necessária - e definitiva - dentro deste processo de reformulação. 

Arthur Elias e Marta em um novo momento da Seleção feminina
Arthur Elias e Marta em um novo momento da Seleção femininaLívia Villas Boas / CBF

Ao contrário do torneio olímpico masculino, onde 16 seleções disputam a competição, o futebol feminino apresenta apenas 12 equipas em três grupos de quatro. Mediante isso, vencer a Nigéria esta quinta-feira é extremamente fundamental para os planos da seleção, já que dois melhores terceiros avançam para os quartos.

Com Espanha e Japão no grupo, o Brasil sabe que vai encontrar dificuldades.. Historicamente, a seleção brasileira nunca perdeu para a Nigéria nos Olímpicos, com duas vitórias em dois jogos. Mas todo o cuidado é pouco e o conjunto verde e amarelo, logo de cara, sabe que terá uma decisão pela frente. 

4) Hora de encarar a Europa 

A seleção brasileira feminina vive também algo que o conjunto masculino enfrentou recentemente. A crítica pela ausência de desafios contra equipas europeias. No torneio olímpico deste ano, a turma comandada por Arthur Elias terá pela frente a Espanha, atual campeã do mundo. 

Desde que assumiu o comando da seleção feminina, o ex-Corinthians soma 15 jogos, com dez vitórias, dois empates e três derrotas, 34 golos marcados e 11 sofridos. Mas nenhuma dessas partidas foi contra seleções europeias. 

Espanha, atual campeã do mundo, no caminho do Brasil nos Jogos Olímpicos
Espanha, atual campeã do mundo, no caminho do Brasil nos Jogos OlímpicosAFP

A principal competição que o Brasil disputou nesta "metade" de ciclo foi a Taça do Ouro, realizada com adversárias das Américas, especialmente da Concacaf. Foram cinco vitórias consecutivas até a queda na final para os Estados Unidos, por 1-0

Além das norte-americanas, a seleção enfrentou ainda Canadá e Japão - outras duas equipas que estarão nos Jogos Olímpicos - em três ocasiões, totalizando uma vitória, um empate e uma derrota. 

5) Novas caras

Jogadoras da Seleção Brasileira feminina em particular contra a Jamaica
Jogadoras da Seleção Brasileira feminina em particular contra a JamaicaLívia Villas Boas / CBF

A seleção feminina chega a Paris-2024 modificada. Das 22 chamadas (sendo 18 convocadas e quatro suplentes), apenas seis possuem experiência olímpica - Marta, Ludmila, Tamires, Rafaelle, Angelina e Luciana. Uma mudança que traz o tom da proposta de Arthur Elias: abrir portas para uma nova geração de atletas. 

Entre as convocadas, chamam a atenção a guarda-redes Tainá, do América-MG, e a avançada Kerolin, do NC Courage. A última regressa após uma grave lesão no ligamento cruzado anterior (LCA) do joelho direito, enquanto a guarda-redes do Coelho mineiro foi chamada pela primeira vez para compor a equipa. No entanto, ela é uma velha conhecida do técnico Arthur Elias. Tainá foi comandada pelo treinador durante oito anos, quando defendeu o Corinthians, entre 2016 e 2023. 

O desembarque da Seleção feminina em Bordéus
O desembarque da Seleção feminina em BordéusRafael Ribeiro/CBF

Confira lista de convocadas:

Guarda-redes: Lorena (Grémio) e Tainá (América-MG);

Laterais: Antonia (Real Madrid), Tamires (Corinthians) e Yasmin (Corinthians);

Centrais: Rafaelle (Orlando Pride), Tarciane (Houston Dash) e Thais Ferreira (UD Tenerife);

Médias: Ana Vitória (Atlético de Madrid), Duda Sampaio (Corinthians) e Yaya (Corinthians);

Avançadas: Adriana (Orlando Pride), Gabi Portilho (Corinthians), Gabi Nunes (Levante), Jheniffer(Corinthians), Ludmila (sem clube), Kerolin (NC Courage) e Marta (Orlando Pride);

Suplentes:

Luciana (guarda-redes) – Ferroviária

Lauren (defesa) – Kansas City Current

Angelina (média) – Orlando Pride

Priscila (avançada) – Internacional

Quadro de jogos:

Brasil x Nigéria – 25 de julho – Bordéus

Brasil x Japão – 28 de julho – Paris

Brasil x Espanha – 31 de julho – Bordéus

Acompanhe os Jogos Olímpicos no Flashscore