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Pai de Endrick vítima de um episódio racista no Venezuela-Brasil

Daniel Núñez
O dia de Endrick foi complicado pela atitude de alguns adeptos venezuelanos.
O dia de Endrick foi complicado pela atitude de alguns adeptos venezuelanos.Profimedia
Os acontecimentos ocorreram na quinta-feira, num jogo que o Brasil venceu pela margem mínima (1-2) e que poderá ser fundamental face aos Jogos Olímpicos.

O Brasil lutou muito para conquistar a vitória fora de casa e três pontos que permitem depender de si próprio para o grande objetivo, que é estar presente em Paris. Os golos só apareceram na segunda parte, aos 57 minutos, quando Maurício Magalhães abriu o marcador, mas a vantagem durou pouco, pois Jovanny Bolivar empatou para dar esperança a uma equipa que acabou por sucumbir ao golo de Guilherme Biro, aos 87 minutos.

Endrick Felipe, que assistiu o jogador do Corinthians para o 1-2, teve um dia agridoce. Por um lado, esteve envolvido num golo decisivo e está agora a 90 minutos de participar nos primeiros Jogos Olímpicos da sua curta e promissora carreira; por outro lado, houve o episódio de racismo sofrido pelo seu pai, Douglas Ramos,, quando adeptos da seleção Vinotinto se dirigiram a ele com gestos em que imitavam um macaco.

A Confederação Brasileira de Futebol solidarizou-se com o atleta e a sua família através do chefe da delegação canarinha na Venezuela, Daniel Vasconcelos. A instituição, muito contundente no comunicado publicado horas depois, define como "criminosos" aqueles que estragaram o jogo realizado no Estádio Brigido Iriarte.

"A CBF foi a primeira entidade do futebol nacional no mundo a adotar no Regulamento Geral de Competições a possibilidade de sanções desportivas contra um clube em casos de racismo. A novidade foi incluída no RGC de 2023", observa o órgão, que desde 2022 "vem realizando uma série de campanhas de combate ao racismo no futebol" e, além disso, "possui um grupo de trabalho que discute permanentemente o tema".