No referido estádio da capital, um grupo de cerca de dez pessoas "vestidas de preto, mascaradas e com bandeiras palestinianas desfraldou uma faixa onde se lia 'Jogos Olímpicos do Genocídio'" e uma delas fez "gestos de natureza antissemita", disse a mesma fonte.
O Comité Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos apresentou queixa, segundo o Ministério Público, que confirmou uma notícia do diário Le Parisien. A investigação foi confiada ao grupo "STADE" da direção local de segurança de Paris.
De acordo com um jornalista da AFP presente no jogo, que o Paraguai venceu por 4-2, o hino israelita foi ligeiramente vaiado.
Cerca de 50 adeptos estavam presentes na bancada Auteuil do estádio, onde o Paris Saint-Germain costuma jogar. A maioria usava máscaras cirúrgicas ou lenços e na primeira parte gritou palavras de ordem alusivas à guerra de Gaza entre Israel e o movimento islamita Hamas.
Estas palavras de ordem, gritadas com os punhos erguidos em direção a uma tribuna com bandeiras israelitas, incluíam "Israel assassino", "Somos todos filhos de Gaza", "Gaza, Gaza, não esquecemos" e "Israel assassino de crianças palestinianas". Uma parte da multidão respondeu a estes gritos com vaias e assobios.
Na segunda parte, desfraldaram panos brancos nos quais estava escrito "Olímpicos do genocídio" em grandes letras pretas. Os funcionários do estádio intervieram imediatamente para os retirar.
Os adeptos israelitas responderam a estes gritos com "Libertem os reféns!", ao que o outro grupo respondeu "Libertem Gaza!".
Na quarta-feira, o jogo entre o Mali e Israel (1-1) decorreu sem incidentes, mas com fortes medidas de segurança devido aos apelos a uma "mobilização" contra a presença da delegação israelita em França, tendo como pano de fundo a guerra em Gaza.