Reveja aqui as principais incidências da partida
Apesar de uma história rica em confrontos competitivos, o primeiro embate olímpico entre as duas seleções carregava uma camada extra de tensão após as recentes controvérsias. Jean-Philippe Mateta, no entanto, não demorou a aliviar os nervos dentro do Matmut Atlantique, presenteando as bancadas com uma cabeçada perfeita no canto inferior direito após um canto cobrado com perfeição por Michael Olise poucos minutos após o pontapé inicial.
A Argentina estava cada vez mais exposta na defesa, com os Bleus a abrirem caminho em todas as oportunidades, mas a falta de pontaria era difícil de engolir. O jovem guarda-redes Guillaume Restes não teve problemas durante a primeira meia hora, mas teve de estar atento a um remate de longa distância de Ezequiel Fernández, e Giuliano Simeone cabeceou sem marcação a seis metros de distância a partir de um cruzamento improvisado de Cristian Medina, culminando um primeiro período dececionante para os sul-americanos.
Os comandados de Javier Mascherano foram melhores durante boa parte do primeiro tempo, que terminou com uma tabela entre Gerónimo Rulli e Mateta. No entanto, apesar da ascensão gradual da Argentina, o ritmo do jogo era claramente o do país anfitrião. A França não só tinha a vantagem de jogar em casa a seu favor, como também levava para o confronto uma boa fase, tendo marcado seis golos após o intervalo nos três jogos anteriores. Mas Mateta não conseguiu aumentar essa marca, perdendo um remate aos 69 minutos, numa jogada semelhante à que o levou a desempatar a partida. Nos minutos finais, a França pensou que tinha dobrado a vantagem com Olise, mas o árbitro Ilgiz Tantashev mudou o rumo do jogo após uma revisão do VAR, penalizando Maghnes Akliouche por uma falta na jogada.
O golo anulado acabou por não ter importância, já que a França mostrou superioridade defensiva e limitou a Argentina, alcançando a quarta vitória consecutiva sem sofrer golos. A ambição dos franceses de se tornarem o terceiro país anfitrião a conquistar o ouro olímpico no futebol desde 1992 continua viva, mas eles terão de superar um Egito invicto no processo. A Albiceleste, por sua vez, continua na mesma situação desde a conquista do ouro em Pequim, há 16 anos.
Nota para um final de jogo quente, com jogadores de ambos os lados e envolverem-se em confrontos. A situação foi inicialmente sanada no relvado, mas as imagens mostraram vários elementos a correrem para os balneários indiciando novo foco de confrontos.