Como capitão da França e o atleta mais famoso do país anfitrião dos Jogos deste ano, a presença de Mbappé na equipa olímpica do treinador Thierry Henry teria sido um enorme impulso para os organizadores, bem como para as hipóteses de a equipa ganhar o ouro.
Mas Mbappé teve de aceitar que o seu novo clube, o Real Madrid, não lhe permitiria participar imediatamente após ter jogado na equipa francesa que chegou às meias-finais do Euro-2024, na Alemanha.
Esse é o problema da competição de futebol masculino, que começa na quarta-feira e vai até 9 de agosto.
Os clubes não são obrigados a libertar jogadores para um torneio realizado fora da janela oficial da FIFA para o futebol internacional, logo após o Europeu e a Copa América.
Messi, que tem 37 anos e fez parte da seleção argentina que conquistou o ouro olímpico em Pequim em 2008, não foi convocado por Javier Mascherano para a partida em Paris, pouco antes da Copa América nos Estados Unidos, vencida pelo seu país.
"Falei com o Mascherano e concordamos imediatamente com a situação", disse Messi à ESPN.
"Na minha idade, não quero jogar tudo e preciso de fazer as escolhas certas".
Henry, um dos grandes nomes do futebol francês, também perdeu vários outros jogadores que esperava convocar.
"A última vez que tive tantas rejeições foi quando estava no liceu", brincou ao anunciar uma equipa em que os nomes mais conhecidos são Alexandre Lacazette, o avançado de 33 anos do Lyon, e a nova contratação do Bayern de Munique, Michael Olise.
A competição é limitada a jogadores com menos de 23 anos, com um máximo de três jogadores de idade superior por equipa.
Para além das grandes estrelas, o torneio também não conta com o Brasil, que conquistou o ouro no Rio de Janeiro em 2016 e que, há três anos, voltou a conquistar o título em Tóquio, derrotando a Espanha na final.
Argentina e Espanha na disputa
Os canarinhos não conseguiram qualificar-se, mas os argentinos devem apostar na possibilidade de garantir a sexta medalha de ouro consecutiva para a América Latina no futebol masculino.
"Obviamente, o nosso objetivo é tentar competir e ir até ao fim, e acho que teremos uma equipa que pode fazer isso", disse Mascherano, que foi campeão como jogador em 2004 e 2008, em entrevista à CONMEBOL.
Com Julian Alvarez, avançado do Manchester City que venceu o Mundial-2022 e a recente Copa América, a Argentina terá um dos jogadores de maior destaque na competição.
A Argentina está no Grupo B, juntamente com o Iraque, a Ucrânia e a seleção de Marrocos, que conta com o lateral-direito Achraf Hakimi, do Paris Saint-Germain.
A França inicia a sua campanha contra os Estados Unidos, antes de enfrentar a Guiné e a Nova Zelândia no Grupo A.
Campeã em 1992 e medalha de prata em Tóquio, a Espanha tem como objetivo a conquista do ouro depois do triunfo no Euro-2024.
Luis de la Fuente, treinador da seleção espanhola campeã do Euro, conduziu a equipa à final dos últimos Jogos Olímpicos. Santi Denia, seu adjunto há três anos, é agora o responsável.
Os principais nomes do Europeu, como Lamine Yamal, não estão envolvidos, mas o defesa-central Pau Cubarsi, de 17 anos, também ele do Barcelona, vai marcar presença em Paris.
"Ele está muito orgulhoso por estar a viver a experiência dos Jogos Olímpicos. Nunca se sabe se teremos outra oportunidade, mesmo sendo tão jovens", disse Denia ao jornal Marca sobre Cubarsi.
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A Espanha está no Grupo C com o Uzbequistão, a República Dominicana e o Egito, que não garantiu os serviços de Mohamed Salah, do Liverpool.
O Japão, campeão asiático sub-23 e que convocou uma equipa sem jogadores mais velhos, está no Grupo D, ao lado de Paraguai, Mali e Israel.
Os jogos não serão disputados apenas em Paris, já que Nantes, Bordeaux, Nice e Saint-Etienne também vão receber algumas partidas.
As meias-finais serão disputadas em Lyon e Marselha, enquanto a final vai ser realizada no Parc des Princes, em Paris.