Adepto do Atlético Madrid detido por insultos racistas a rapariga com camisola de Vinicius Júnior
"O homem detido agrediu a rapariga, que se encontrava nos braços de um familiar, porque esta vestia uma camisola de um jogador brasileiro da equipa rival", declarou a polícia espanhola, em comunicado, esta quinta-feira.
O homem detido "aproximou-se de uma rapariga que vestia uma camisola da equipa rival e começou a lançar-lhe insultos racistas e ameaças de morte", segundo a mesma fonte.
Os factos ocorreram a 24 de setembro, antes do clássico da sexta jornada da LaLiga, no estádio Metropolitano, que o Atlético Madrid venceu por 3-1 contra o Real Madrid.
Em outubro, a tia da menina negra de oito anos disse à rádio Cadena Ser que ambas tinham sido vítimas de insultos racistas por parte de adeptos ultras do grupo Frente Atlético, perto do estádio.
A mulher disse que a menina tinha sido atacada porque vestia uma camisola do avançado do Real Madrid, Vinicius Júnior, que se tornou o foco da luta contra o racismo no futebol espanhol na época passada, depois de ter sido insultado em alguns estádios.
De acordo com a polícia, o homem detido "chegou a bater no braço do familiar que a segurava em duas ocasiões" antes de outros adeptos intervirem e o impedirem de continuar com a sua agressão.
O homem foi detido "como presumível autor de um crime de ódio", conclui o comunicado da polícia.
Em outubro, o Ministério Público espanhol abriu um inquérito por crime de ódio contra o jogador, na sequência de uma queixa apresentada pela LaLiga.
O Real Madrid convidou a menina para o jogo seguinte do campeonato, depois do clássico, que terminou com uma vitória por 2-0 sobre o Las Palmas.
Jogadores como Rodrygo, Militao, Vinicius, Nacho e o próprio presidente Florentino Pérez posaram com a menina, que foi presenteada com uma camisola do Real Madrid, devidamente autografada, de acordo com imagens divulgadas em setembro, pelo clube, nas suas redes sociais.