Adeptos do Valência deixam Singapura com "advertência severa"
A polícia tinha confiscado os passaportes do casal, que aparentemente se encontrava em lua de mel, uma vez que estavam a ser investigados por participarem numa manifestação pública. Os meios de comunicação social espanhóis identificaram-nos como Dani Cuesta e a sua mulher Mireia Saez, adeptos do Valência.
Dani Cuesta publicou nas redes sociais fotografias suas em vários locais de Singapura, onde segurava uma pequena faixa amarela e preta com os dizeres "Lim go home". Uma dessas fotografias foi tirada em frente ao edifício onde o empresário é suposto viver.
A polícia tinha impedido o casal de embarcar num voo para Bali no aeroporto de Singapura e tinha-lhes pedido para não saírem do país, explicou a presidente da Câmara de Valência, Maria José Catala.
Num comunicado divulgado na terça-feira, a polícia declarou ter emitido uma "advertência severa" a um homem de 34 anos por "participar numa reunião pública sem autorização (...) e afixar cartazes". Uma mulher de 30 anos foi igualmente advertida "por ter ajudado o espanhol a participar numa reunião pública".
"Os dois cidadãos espanhóis abandonaram entretanto Singapura", declarou a polícia, sem especificar quando. Singapura tem uma legislação muito rigorosa em matéria de liberdade de expressão e de manifestações, sendo ilegal a realização de um protesto público sem autorização da polícia.
Peter Lim, um dos mais ricos de Singapura, comprou o endividado Valência em 2014, tornando-se o primeiro proprietário estrangeiro do clube. Embora a sua chegada tenha sido inicialmente recebida com entusiasmo, não conseguiu melhorar a situação desportiva e muitos adeptos do Valência viraram-se contra ele.
As manifestações contra Lim tornaram-se comuns em Valência, com faixas a dizer "Lim vai para casa".
Seis vezes campeão espanhol, a última das quais em 2004, o Valência está atualmente em 18.º lugar na LaLiga, numa posição de despromoção.