Análise: Apenas uma das seis contratações do Barcelona está à altura das expectativas

O fim da LaLiga está próximo. O Barcelona, uma equipa que, no verão de 2023, organizou um projeto que tinha como ponto de partida a defesa do título nacional e a recuperação da proeminência na Liga dos Campeões, perdeu as hipóteses de cumprir os seus objetivos depois de perder por 3-2 no El Clásico de 21 de abril, no Santiago Bernabéu .

O Barça foi fustigado e, consequentemente, as análises, relatórios e estudos que procuram perceber as razões que levaram os blaugranas a terminar a campanha sem títulos. Uma dessas razões poderá ser o facto de, das seis contratações feitas pela direção do Barcelona no início da campanha, apenas Gündogan ser inamovível no onze inicial.

O alemão correspondeu às expectativas dentro e fora de campo. Tornou-se uma das referências do balneário e também gerou duas declarações polémicas: primeiro, no clássico que teve lugar em Montjuïc, onde criticou a falta de atitude de alguns dos seus companheiros de equipa. Depois, na semana passada, quando questionou a decisão tomada por Ronald Araújo (que foi expulso contra o PSG) e que afetou o desempenho do plantel.

Os portugueses

João Cancelo e João Félix foram as últimas contratações de verão. João Cancelo chegou ao Barcelona depois de não ter brilhado no Bayern Munique. Nos primeiros meses da época, destacou-se pela sua polivalência. Nos últimos tempos, tem sido criticado pelos erros cometidos nos jogos contra o PSG e o Real Madrid.

João Félix, por seu lado, teve um desempenho notável (10 golos e 6 assistências). No entanto, a presença de Lamine Yamal e Raphinha dificulta-lhe a titularidade no emblema catalão.

Roque, Martinez e Romeu

Os dois internacionais portugueses, ainda assim, ganharam algum espaço na equipa titular. Vítor Roque, Iñigo Martínez e Oriol Romeu, por outro lado, têm vindo a perder o seu lugar nas contas de Xavi Hernández. 

O brasileiro chegou ao Barcelona em janeiro com a intenção de dar descanso a Lewandowski. A equipa técnica, no entanto, tem-lhe dado poucos minutos. Martínez, numa outra perspetiva, ia ter ritmo. A sua contratação deveu-se à necessidade de gerir quatro defesas-centrais para as três competições que iam ser disputadas.  A ascensão de Cubarsi limitou a sua competitividade. Poderá sair no verão.

Romeu, por fim, começou a época a titular e, a meio da época, o seu rendimento baixou, obrigando Xavi a procurar soluções para o seu pivô, como a utilização de Christensen como médio defensivo.