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Ancelotti deixa garantia sobre o futuro de Vinícius e faz apelo: "Isto não é uma guerra"

Ancelotti durante o Valência-Real Madrid em Mestalla
Ancelotti durante o Valência-Real Madrid em MestallaAFP
Como era de esperar, na conferência de imprensa do treinador do Real Madrid antes do jogo contra o Rayo Vallecano, não foi dita uma única palavra sobre este duelo. A conversa foi monopolizada pela questão dos insultos a Vinícius e do racismo em Espanha. Ancelotti não considera que o país seja racista, mas acredita que o racismo deve ser erradicado e que este é o momento ideal para o fazer. "Não se trata de uma guerra, mas de um desporto", afirmou o italiano.

Ausência de Vinícius Júnior do treino antes do jogo com Rayo Vallecano: "Não treinou devido a um ligeiro problema no joelho. Veremos qual é a sanção e pensaremos em dar-lhe alguns dias de descanso".

Dez queixas sem sanções graves: "O Vinicius não é o culpado, mas sim a vítima do que está a acontecer. Às vezes dizem que ele provoca, mas é evidente que é vítima, tal como os adeptos que se comportam de forma impecável. Quando falo do estádio Mestalla, estou a referir-me a um grupo que se comportou muito mal, não às 46 000 pessoas que estiveram presentes. Também aconteceu em Maiorca, em Valladolid... Era costume insultar. Penso que o que Xavi disse é exemplar. Porque é que o insulto tem de ser normal no futebol? Até um disparate é um insulto. Isto tem de acabar. Estamos fartos de aturar isto todos os dias. Chamam-nos "filho da p..., atacam os nossos pais, as nossas mães... Isto não é uma guerra, é um desporto. Temos a oportunidade de acabar com isto. Espero que as instituições sejam claras nesta matéria: a Federação, a LaLiga e os árbitros. Em Valência esqueceram-se de colocar uma fotografia. Quero também dizer que a Espanha não é racista, mas há racismo em Espanha, como noutros lugares. Cada um deve fazer a sua parte para pôr fim a esta situação.

Manipulação de imagem: "Manipular é grave. Espero que tenha sido um lapso. O Vinicius foi agredido pelo Hugo Duro e depois defendeu-se".

"Protocolo obsoleto"

Parar os jogos: "Poderia ser uma boa solução, mas não sou a pessoa certa para decidir. É um momento importante para tomar medidas drásticas. O assunto está quente e é preciso fazer alguma coisa para melhorar a situação".

Insultos racistas durante dois anos: "Há racismo nos estádios de futebol, onde tudo é permitido. O Vinícius tem-se destacado nos últimos anos e é visto como um inimigo desportivo, mas isso não pode levar a insultos"

Protocolo: "Penso que é obsoleto. Tem de ser aplicado quando chega o autocarro, que é quando começam a gritar e a dizer tudo. Não são 46.000, peço desculpa por ter dito isto, mas também não são casos isolados".

Falta uma sanção dura: "Condenar não é suficiente. É preciso actuar e isso ainda não foi feito. Há países como a Inglaterra onde não nos insultam porque esta questão foi resolvida há muito tempo, quando as equipas inglesas foram expulsas da Europa. Ainda há casos isolados, mas a situação mudou. Lá não há polícia nos jogos. Aqui parece que se vai para a guerra com tantas carrinhas à chegada ao estádio. Os ingleses tomaram medidas drásticas e resolveram o problema".

Futuro de Vinícius

Possível saída de Vinicius: "Não creio que vá sair. Ele ama o futebol e o Real Madrid. Não me parece que isso esteja na cabeça dele. O seu amor por Madrid é muito grande e ele quer fazer a sua carreira aqui".

Estado de espírito: "Falei com ele. Está triste, mas sabe que tem o apoio de toda a gente, não apenas do Real Madrid. Isso deixa-o mais calmo".

Abandonar o jogo no Mestalla: "Falei com Vinicius para lhe perguntar e ele queria continuar. Também posso retirar a equipa, mas espero que nunca chegue a esta situação".