Carlo Ancelotti faz-se de pacificador antes do regresso do Real Madrid e de Vinicius a Valência
Prevendo uma atmosfera inflamada, as autoridades espanholas declararam o jogo de "alto risco" e ordenaram reforços policiais. Será a primeira vez que o Real Madrid e Vinicius Júnior voltam a Mestalla desde maio de 2023, altura em que o brasileiro foi alvo de insultos racistas.
Carlo Ancelotti, no entanto, tentou atenuar a tensão que se fazia sentir no ar, dizendo que a sua equipa estava concentrada em jogar futebol e reforçar a sua já sólida posição no topo da tabela da LaLiga.
"A nossa ideia é fazer um jogo forte, e a ideia do Valência é a mesma. As equipas e os adeptos querem um espetáculo", disse Carlo Ancelotti, em conferência de imprensa, esta sexta-feira.
"Não podemos esquecer o ano passado, porque os atos racistas devem ser condenados e identificados. O Valência fez muito bem, identificando aqueles que cometeram um crime", acrescentou.
Ancelotti descartou qualquer ideia de descansar Vinicius Júnior no Valência e disse que a equipa não se concentrou no ambiente hostil que poderia enfrentar no Mestalla.
"Não falámos de nada de especial, ele (Vinicius) está pronto, como sempre", disse Ancelotti.
"Ele está a fazer o que pode para ser o melhor possível e não tenho mais nada a acrescentar", explicou o treinador.
Ancelotti não poupou elogios a Vinicius Júnior, que vai disputar o seu 250.º jogo pelo Real Madrid.
"Não vejo um limite para ele", disse Ancelotti.
"Desde que ele chegou, tenho visto uma progressão constante. A qualidade e o talento que tem fazem com que seja capaz de marcar golos e dar assistências com naturalidade. Devido à humildade que tem, o céu é o limite, a sua melhor qualidade é que gosta muito de jogar futebol", elogiou o técnico.
O Real Madrid tem 65 pontos, seis à frente do segundo classificado, o Girona, que joga em Maiorca no domingo, quando o Barcelona, terceiro com 57 pontos, visita o Athletic Bilbao. O Valência é o nono classificado, com 36 pontos.