Com as opções de ataque reduzidas, deveria o Real Madrid ter avançado por Kane?

Onze golos foram marcados pelo Real Madrid nos seis jogos disputados na LaLiga. O Barcelona e o Girona marcaram 16 (mais cinco), o Atlético de Madrid 13 e a Real Sociedad 12. Uma equipa ofensiva como os merengues precisa de marcar mais golos para equilibrar a balança, sobretudo tendo em conta a sua fragilidade defensiva (seis sofridos). Bellingham marcou cinco desses onze golos e Joselu dois. Entretanto, Harry Kane, pedido de Ancelotti a Florentino Pérez quando Benzema saiu e se pressentiu que Mbappé não chegaria, está em alta no Munique. Marcou um hat-trick contra o Bochum e tem sete golos e três assistências nos seus primeiros passos como avançado do Bayern na Bundesliga. Já ultrapassou a marca de avançados lendários como Haaland, Gerd Müller ou Klose.

Contra o Atlético, para reforçar o meio-campo em busca de mais posse de bola, Ancelotti optou por colocar em campo um único avançado (e não um 9). No entanto, Rodrygo, quando era suposto levantar a bandeira do ataque branco e assumir-se como um líder ofensivo, está a desiludir. Marcou um golo em sete jogos (seis na LaLiga e um na Liga dos Campeões) e o seu desempenho está muito aquém das expectativas que lhe foram depositadas.

Enquanto continua à espera de Mbappé (lesionado no jogo PSG - Marselha), Harry Kane, que chegou a ser uma verdadeira opção para o Real Madrid, prova, aos 30 anos, que é um verdadeiro goleador e que tem capacidade para jogar ao mais alto nível em qualquer clube do mundo. No Allianz, os 100 milhões de euros pagos por ele já não pesam. Em Valdebebas, alguns questionam a decisão do clube neste caso, mas é impossível voltar atrás agora. A época é longa, haverá mais lesões, mais jogos difíceis e o tempo ditará a sua lei, mas parece claro que o Madrid está demasiado carente de jogadores ofensivos para tentar alcançar o seu objetivo de lutar por todos os títulos.