É assim que Florentino Pérez vê o Real Madrid 2023/2024: Bellingham e um nove goleador
Renovação é um termo que assusta os seres humanos. Mudar um rumo. Experimentar novos elementos e aprender sobre situações que irão exercer pressão é algo que gera medo. No Real Madrid, contudo, o ajuste, revolução ou uma mudança de ciclo transmite apenas uma sensação: tranquilidade.
A palavra que passa pela cabeça dos merengues não é resignação. No clube, ainda se acredita que é possível recuperar na LaLiga. A matemática, no entanto, vai contra as probabilidades. As estatísticas são contundentes: 12 pontos atrás do FC Barcelona. Quatro jogos. Margem de erro zero. Zero.
As possibilidades de o clube de Chamartín ganhar a LaLiga são escassas. Na Taça do Rei, o cenário também não é encorajador: o Barça saiu do Bernabéu com uma vitória (0-1) que o deixou com um pé e meio na final da competição.
Tal como está, a Liga dos Campeões é a única competição "vencível" para o Real Madrid.
Sem um título à mão, a administração dos merengues está já "a elaborar" planos para a próxima época e há duas áreas do plantel à espera de reforços: o meio-campo e a linha da frente .
Toni Kroos está em final de contrato. Luka Modric vai continuar por mais um ano. Tchouamení ainda não se estabeleceu e Ceballos, por seu lado, está a ouvir as ofertas e procura tempo de jogo.
Bellingham, a solução
O nome que surge para satisfazer as dúvidas que existem no meio-campo é claro: Jude Bellingham. Já existem contactos entre a comitiva do jogador e o clube. Ele quer o Real e os merengues tentam garanti-lo. O Borussia Dortmund está a pedir 150 milhões.
Nos últimos anos, o Real Madrid ainda não completou uma assinatura "galática". Hazard (em 2018/2019) foi o mais recente - aterrou no Bernabéu por pouco mais de 100 milhões de euros, sendo que, no ano passado, o clube esteve perto de assegurar os serviços de Mbappé.
O Liverpool, por enquanto, é o único concorrente dos madrilenos em relação a Bellingham. Os reds estão a tirar partido da amizade do jogador com Trent Alexander Arnold e Henderson para tentar levá-lo para Anfield, mas o clube espanhol tem a sua estratégia em vigor: crescimento, um processo encorajador e propriedade.
A segunda zona do campo que expõe dúvidas no Real Madrid é o ataque. Karim Benzema tem lutado contra as lesões e a sua ausência em 12 jogos afetou a capacidade ofensiva da equipa. Álvaro Rodríguez resolveu alguns jogos. Rodrygo e Vinicius outros. As aparições dos sul-americanos têm sido insuficientes e não escondem a realidade adversa: sem o Ballon d'Or, o Real Madrid não é o mesmo e as estatísticas refletem-no.
Neste contexto, o clube tem duas opções na mesa para melhorar a falta de golos: a primeira é Mbappé. O vencedor do Mundial-2018 ainda fará parte das contas de Florentino Pérez, mas a péssima relação existente entre o clube espanhol e o PSG dificulta os planos.
Erling Haaland é a segunda alternativa. O norueguês surpreendeu no seu primeiro ano no Manchester City, pelo qual regista 42 golos e cinco assistências em 37 jogos. Tem um contrato até 2024 e, de acordo com vários meios de comunicação, não esconde o seu interesse em mudar-se para o Bernabeu.
As dúvidas no plantel merengue estão no meio-campo e na frente, não se excluíndo também a contratação de um nove menos cotado para alternar com Benzema no onze. Há uma época atrás, era impensável "rodar" o francês. Hoje, após tantas lesões acumuladas e um Campeonato do Mundo perdido, a situação do avançado é imprevisível.