Exclusivo com Savinho: O futuro no City, o sucesso do Girona e o sonho da Copa América
Savinho ainda não confirma a negociação, mas a transferência para o Manchester City está encaminhada. Revelado pelo Atlético-MG, o brasileiro pertence ao Troyes, do City Football Group, que também controla o clube inglês, e do qual o Girona faz parte.
Com 9 golos e 10 assistências em 37 jogos, Savinho ajudou a equipa catalã a alcançar a melhor campanha de sua história na LaLiga. O 3.º lugar, com 81 pontos, garantiu a vaga inédita na Liga dos Campeões.
- Ficou surpreendido com o rendimento do Girona e com o seu próprio desempenho logo na temporada de estreia na LaLiga?
- Ao vir para o Girona, fizemos uma escolha acreditando no projeto da direção e nas peças que o clube iria trazer. Procurei sempre esforçar-me para fazer o melhor, mas realmente o nosso encaixe na temporada foi excelente e conseguimos ter um desempenho excecional, que surpreendeu muita gente.
- Tem noção de que marcou história no clube?
- A ficha ainda está a cair aos poucos. A homenagem depois do jogo contra o Granada vai ficar marcada para sempre, com o estádio todo de pé aplaudindo a direção, staff e jogadores, e para melhorar ainda tive a felicidade de receber um prémio individual.
- O que fez a diferença para tudo funcionar tão bem para o Girona na temporada?
- Com certeza foi a qualidade e o compromisso de todos os profissionais envolvidos. Isso fez toda a diferença, e é muito gratificante chegar ao fim da temporada e alcançar os nossos objetivos principais.
- Quais foram os principais ensinamentos na LaLiga? Algo que chamou mais a sua atenção?
- A intensidade do jogo e a necessidade de estar sempre concentrado, porque os detalhes podem decidir muitos jogos. Além disso, pudemos colocar em prática muitas coisas que treinámos exaustivamente, e é muito bom ver que o nosso esforço levou a uma campanha histórica do clube.
- Acredita que atingiu outro patamar em que aspetos?
- Consegui evoluir bastante nas partes física e tática, e, com a sequência dos jogos, ganhar confiança para arriscar mais com a bola no pé, para poder tentar criar mais oportunidades para a minha equipa.
- O que o deixou mais satisfeito nesta última temporada?
- Termino a temporada muito feliz com o grupo de trabalho no Girona, desde o staff à direção, passando pela equipa técnica e atletas. Criámos um ambiente muito sadio, sempre a colocar os objetivos da equipa em primeiro lugar, e sentimos isso com o reconhecimento dos adeptos, que encheram o estádio em todos os jogos.
- Já se imaginou em campo a ouvir o hino da Champions? Será um sonho realizado?
- Ainda não sei onde estarei na próxima temporada, os meus agentes ainda estão a conversar, e devemos decidir nas próximas semanas. Mas é claro que jogar uma Champions League, para quem acompanha futebol desde criança, será uma conquista incrível, até porque é uma competição que tem um clima especial nos jogos.
- Acha que foi um passo importante estar num clube de menor expressão neste começo de aventura na Europa, para ter mais minutos e ganhar experiência?
- Independentemente das classificações do clube nos anos anteriores, apostámos com muita convicção no que a direção nos apresentou. O Girona tinha muita ambição, e entendemos que a proposta de jogo encaixaria com o meu estilo. Felizmente pude alcançar uma utilização elevada, com ótimos números individuais. Isso também vai fazer crescer a minha responsabilidade e as expectativas para o futuro, mas vou seguir a trabalhar firme e sempre à procura de melhorar.
- A Copa América é a oportunidade de se afirmar na seleção brasileira e dar um passo importante a pensar no Mundial?
- Eu sempre penso que preciso de encarar todas as oportunidades como se fosse a última. Jogar na seleção brasileira é um sonho e vou esforçar-me muito para conseguir merecer alcançar uma sequência de convocatórias, pois esta é apenas a minha segunda. E não posso negar que, como qualquer outro jogador, almejo sempre ser convocado.