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Exclusivo Flashscore a Tente Sánchez: "O Barcelona preocupa-me, não dá segurança"

Tente Sánchez, antigo capitão do Barcelona
Tente Sánchez, antigo capitão do BarcelonaFC Barcelona
José Vicente Sánchez, de 67 anos, conhecido no mundo do futebol como Tente Sánchez, é uma voz mais do que autorizada para falar do Barcelona, a equipa que capitaneou nos anos 80 e pela qual fez 352 jogos - jogou também no Murcia e no Sabadell -, assim como no resto do jogo bonito, depois de ter jogado pela Espanha e disputado um Mundial e uns Jogos Olímpicos.

Agora trabalha, embora não a tempo inteiro, como agente de jogadores, para continuar a matar o bichinho e continuar ligado ao futebol. E, num momento livre, teve a sorte de partilhar uma conversa com Miquel Blázquez, comentador Flashscore em Espanha.

- É uma voz com experiência para nos falar da LaLiga. O que pensa da época do Girona?

Se perguntarmos a 99,9% das pessoas, a surpresa é o Girona. Estão a jogar muito bem, estão a competir de forma excelente, vêm de uma boa época passada. Não sei se vai dar para ganhar a Liga, mas o facto de não jogarem nas competições europeias oferece mais descanso. Se as lesões não os afetarem e mantiverem o grupo unido, penso que vão ser uma força a ter em conta.

- Acha que o Girona está começando a acreditar nisso?

Na cabeça deles, estou convencido de que o objetivo é uma competição europeia e não o campeonato. Mas se continuarem assim, a jogar ao nível que estão a jogar, são candidatos, não tenho dúvidas. Mas sabemos como é esta competição, que no final algumas equipas caem, se os grandes caem, imaginem então o Girona. E não estou a subestimá-los, pelo contrário, porque têm um mérito extraordinário.

Tente Sánchez, como capitão do Barça
Tente Sánchez, como capitão do BarçaFC Barcelona

- E o Real Madrid parece estar a começar bem, com um grande Bellingham.

É sempre uma equipa que vai lutar pelo título. A chegada de Bellingham foi uma surpresa em termos de golos, não em termos de jogo, porque sabíamos que era um jogador extraordinário, mas o facto de ser tão certeiro em frente à baliza é que fez a diferença em relação ao que esperávamos dele. Depois temos o Atlético de Madrid, que teve alguns altos e baixos e perdeu com o Las Palmas, de quem também gosto bastante. O Atleti começou por ter falta de golos, mas joga bem, pode causar dano com as novas aquisições que fez. A La Liga está mais competitiva do que noutras alturas. Talvez o facto de não haver grandes estrelas que possam fazer a diferença em qualquer momento, acho que a torna mais igualitária.

- Já disse que gosta do Las Palmas, cujo treinador, García Pimienta, esteve no Barça B.

Ele tem muito mérito. Foi uma surpresa ele ter saído do Barça Atlético, porque era um treinador em potênica na casa, mas há que aceitar as coisas.

- E já que estamos a falar do Barça, como é que vê a equipa?

Tenho algumas preocupações. Olhamos para os últimos jogos e não se trata apenas de resultados. Em Anoeta ganharam, mas vejam como ganharam. Nem todos os jogos têm de ser ganhos de forma brilhante ou por 4-0. Mas há jogos que são difíceis, como aconteceu com o Alavés, em que nem sequer tinha passado um minuto e já estavam a perder e podiam ter sido por mais, depois houve a necessidade de remontar. Não me dá a mesma confiança que na época passada. Há ausências importantes e, sobretudo, não houve continuidade no núcleo da equipa. Há sempre lesões e jogadores importantes que não jogam. E embora existam jogadores para os substituir, não nos iludamos. É um bom plantel, mas jovem. Somos a única equipa a este nível em Espanha e mesmo na Europa que dá tantas oportunidades aos jovens jogadores. Mas ultimamente a equipa tem estado nervosa, não entram numa rotina de jogos, muitos cruzamentos que não são feitos, como se houvesse uma falta de clareza no conceito de como jogar.

- Xavi atribui esta quebra de ritmo às críticas da imprensa.

Gostaria que ele explicasse porque é que é um problema da imprensa. Não creio que sejam culpados. Gostaria que analisasse porque é que acha que é um problema.