Javier Tebas reiterou uma vez mais que o acesso às competições europeias deve ser garantido exclusivamente através dos campeonatos nacionais.
"O acesso à Europa tem de ser feito através das ligas nacionais. É essa a linha da declaração de 26 países, exceto a Espanha. O acórdão Bosman já falava deste modelo no futebol, da forma de aceder às competições europeias", afirmou.
Javier Tebas voltou ainda a afirmar que o acórdão da União Europeia foi mal interpretado.
"Tenho dito que andei a apostar, em tom de brincadeira, em muitos jantares, que a Superliga não seria vista. Fala-se muito, mas não se vai ver. A decisão da União Europeia foi mal interpretada. Diz coisas importantes sobre a UEFA, mas não diz nada sobre a Superliga tal como está a ser proposta. Não vai haver Superliga", garantiu o presidente da LaLiga.
Engano sobre os direitos televisivos
O presidente da LaLiga explicou em pormenor por que razão considera impossível que o futebol seja gratuito em qualquer formato.
"Era uma mentira, por isso é que era um truque de magia. Tal como o mundo da televisão. Em Antuérpia já tinha dito que era um sistema híbrido. No fim, vai ser pay-per-view. O que eles estavam à procura era de um logro para que, quando a UEFA tiver de autorizar a nova competição, uma das questões que têm de analisar seja o acesso dos espectadores ao futebol. Estão à procura de uma questão estratégica. Na hipótese de ser gratuito, o que já disse que é impossível, não há mercado publicitário para o manter, se às terças, quartas e quintas-feiras há futebol de elite gratuito, o que é que fazemos com as ligas nacionais? Cobramos?", questionou Javier Tebas.
Por fim, sublinhou que o modelo da Premier League é insustentável.
"O mercado de inverno não tem sido estranho em todo o mundo, tem sido estranho na Premier League. A dinâmica mudou na Premier League, que foi para onde fazia sentido. Alguns de nós argumentámos que era insustentável e os proprietários disseram 'basta de perder dinheiro'", explicou.