Javier Tebas, presidente da LaLiga, e a Superliga: "Com o novo modelo é ainda pior"
Javier Tebas, presidente da liga espanhola, afirmou que a LaLiga e outras ligas nacionais perderiam 50 a 55% das suas receitas com uma competição como a Superliga, a meio da semana, de acordo com um estudo de 2022 da KPMG.
"Com o novo modelo é ainda pior", disse Javier Tebas a um pequeno grupo de repórteres.
Atualmente, a UEFA atribui 96 lugares nas fases de grupos das suas competições, com base quase exclusivamente no desempenho nos campeonatos nacionais.
A última proposta da Superliga prevê três escalões, mas apenas atribui 20 lugares ao terceiro escalão, com base no desempenho nacional, com apenas duas equipas promovidas por ano ao segundo ou ao primeiro escalão.
"Não cumpre a legislação desportiva europeia... É de facto uma situação fechada", afirmou Tebas.
Javier Tebas disse que esta proposta era muito menos aberta do que a ideia de 2019, de oferecer acesso a todos os escalões de uma liga europeia de três níveis, mas que os clubes europeus rejeitaram amplamente.
A nova proposta do promotor A22 é uma revisão de uma feita em 2021, quando 12 grandes clubes propuseram uma liga separatista, sem descida de divisão para os membros principais.
Esse novo plano surgiu a 21 de dezembro, dia em que o Tribunal de Justiça Europeu emitiu um veredito que deu esperança a ambas as partes, ao decidir contra o princípio de os órgãos directivos da UEFA e da FIFA restringirem uma nova liga, mas não dizendo necessariamente que tal liga deve ser aprovada.
O presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, um fervoroso apoiante da Superliga, afirmou que a decisão marcou "um antes e um depois" para o futebol.
Tebas disse que não tinha visto os clubes europeus a aderirem à ideia da Superliga, notando que alguns dos maiores, como o Manchester City e o Bayern Munique, se tinham manifestado publicamente contra.
Tebas disse que, embora o interesse em uma Superliga pareça limitado, por enquanto, é preciso estar atento.
"Não é preciso estar sempre preocupado, mas é preciso estar ocupado", disse o presidente da LaLiga.